Rio Ave-Moreirense, 1-1 (crónica) - TVI

Rio Ave-Moreirense, 1-1 (crónica)

No Carnaval não se oferecem presentes

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*Por: Sérgio Pires

O sonho do Rio Ave para esta época desagua às portas da Europa e em vésperas da receção ao Moreirense Pedro Martins assumiu pela primeira vez isso mesmo. O objetivo do Rio Ave é lugar pelos lugares europeus... Está dito. É legítimo, mas falta alguma coisa para ser possível. O jogo desta tarde é o melhor espelho dessas insuficiências.

A jogar em casa, ante um adversário mais fraco, os vila-condenses aproveitaram o domingo de Carnaval para... oferecerem presentes ao seu adversário. Foi assim que o Moreirense chegou ao golo aos 17 minutos, quando o Rio Ave até estava por cima. O comandante Tarantini falhou um passe no meio-campo e os minhotos aproveitaram, por André Simões, com a bola ainda a bater em Vilas Boas. No segundo tempo, Pape Sow fez outra oferta que quase acabou no golo de Alex, sempre muito ativo mas pouco eficaz. Mas não terminou por aqui e Ederson teve de intervir para evitar que os erros defensivos comprometessem ainda mais o resultado final.

FICHA DE JOGO

O Rio Ave foi atrás do prejuízo. Até ao intervalo pressionou, mais com coração do que com cabeça e acabou mesmo por chegar ao empate por Cardozo... O egípcio foi o "matador" do costume e desviou de cabeça um virtuoso cruzamento de trivela de Ukra, fazendo o empate numa primeira parte animada. O segundo tempo parecia destinado à cavalgada da equipa da casa... Não foi assim e o Moreirense acabou por colocar o Rio Ave em sentido durante largos períodos dos segundos 45 minutos.

Com maior certeza de passe, os minhotos foram dominando o meio-campo e aproveitando as intranquilidades da equipa da casa. Não fosse Alex estar perdulário e Ederson inspirado e o jogo poderia muito bem ter terminado com a formação orientada por Miguel Leal a surpreender nos Arcos.

O desamor por Paixão

O Rio Ave apenas acordou e ganhou noção de que teria um jogo para ganhar mesmo em cima do final da partida. Marvin quase desviou para o golo, num cabeceamento na pequena área, após ressalto, e Tarantini quase se redimia nos descontos. O capitão dos vila-condenses acabou mesmo por introduzir a bola na baliza, após livre cruzado de Ukra, mas Bruno Paixão descobriu uma falta sobre Anílton Júnior e saiu do relvado sob apupos dos adeptos da casa. Um desamor que já nem é novo para o árbitro setubalense.

RESULTADOS E CLASSIFICAÇÃO

O empate foi justo, mas a pressão ofensiva final e a decisão duvidosa de Paixão deixou insatisfeitos os rioavistas, que já haviam visto a sua equipa empatar no início da semana, no Bessa, também com um lance controverso no final a prejudicar a sua equipa.

Quem empata uma e outra vez não pode sonhar com a Europa durante muito tempo, quem comete tantos erros defensivos, ainda menos... Fica o aviso para Pedro Martins: O Carnaval não é época para se oferecer presentes.
 
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