Rio Ave: o destaque no banco, com pés e cabeça (apresentação) - TVI

Rio Ave: o destaque no banco, com pés e cabeça (apresentação)

Carlos Carvalhal

Carlos Carvalhal está de volta ao futebol português, a liderar uma equipa que perdeu vários jogadores e teve um olhar objetivo para o mercado

O Maisfutebol apresenta, uma a uma, as 18 equipas da Liga 2019/20, que arranca nesta sexta-feira, 9 de agosto

Calendário do Rio Ave

O grande destaque do Rio Ave 2019/20 está no banco. O regresso de Carlos Carvalhal ao futebol português, nove anos depois de deixar o Sporting e com muita experiência acumulada, eleva a fasquia e a expectativa em torno da época do Rio Ave.

Deixaram Vila do Conde vários dos jogadores-chave da última temporada, de Léo Jardim a Galeno, passando por Coentrão e Rúben Semedo, mas o Rio Ave mantém grande parte do plantel. Foi buscar para já poucos reforços, um olhar objetivo para o mercado, a compensar as saídas e numa lógica de apostas para contar. Com pés e cabeça.

Para a baliza chegou o polaco Pawel Kieszek, velho conhecido do futebol português, de volta depois de três épocas em Espanha. O jovem Pedro Amaral, com um longo passado na formação do Benfica, foi a escolha para o lado esquerdo da defesa, também ele de regresso a Portugal, depois de ter jogado no Panetolikos, na Grécia, na segunda metade da época passada. E depois o Rio Ave assegurou em definitivo Carlos Mané, que deixou o Sporting e leva a Vila do Conde muita expectativa em torno de um talento que tem tido muito azar com lesões na carreira, mas todas as condições para se afirmar agora.

Mané chegou tarde, tal como Mehdi Taremi, o avançado iraniano que é o quarto reforço do Rio Ave, pelo que estão ambos numa fase mais atrasada de integração. Entre as caras novas está ainda o croata Tomislav Strkalj, contratação que já tinha sido assegurada em janeiro, e alguns jovens promovidos da formação. Entre eles Costinha, internacional sub-19 que pode ter uma oportunidade nas escolhas de Carvalhal, depois da lesão grave de Nadjack, que deixou órfão o lado direito da defesa.

Carvalhal ainda quer reforçar o centro da defesa, que tem poucas opções, e provavelmente terá de olhar também para mais opções no lado direito. O que reforça a expectativa de uma possível chegada a Vila do Conde de Maxi Pereira, que terminou contrato com o FC Porto e tem estado na órbita vila-condense.

A pré-época do Rio Ave foi cinzenta, mas o primeiro jogo oficial já reestabeleceu a lógica. Goleada à Oliveirense (6-1), com uma exibição de qualidade. Aquilo que será de esperar de uma equipa orientada por Carlos Carvalhal, num Rio Ave que quer reforçar o estatuto que tem vindo a ganhar no futebol português. A sonhar com a Europa, ainda que o treinador evite definir essa meta. 

Objetivo: Primeiro terço da tabela, a apontar à Europa

Classificação época passada:

Melhor classificação: 5º (1981/82 e 2017/18)

Treinador: Carlos Carvalhal

O plantel do Rio Ave

Entradas: Pedro Amaral (Benfica), Pawel Kieszek (Málaga), Carlos Mané (Sporting), Mehdi Taremi (Al-Gharafa), Tomislav Strkalj (NK Osijek)

Saídas: Afonso Figueiredo (Desp. Aves), Rúben Semedo (fim de empréstimo), Galeno (fim do empréstimo), Gelson Dala (fim de empréstimo), Silvério (Académica), Fábio Coentrão, Léo Jardim (Lille), Buatu (Mouscron), Carlos Junior (Santa Clara), Murilo (Paços Ferreira)

Equipa-tipo:

Atenção a:

Mehdi Taremi

Pode ser um nome desconhecido em Portugal, mas um esforço de memória ajudará os mais atentos a recordar o Mundial 2018. Mehdi Taremi foi o ponta de lança do Irão frente a Portugal no último jogo da fase de grupos e falhou um golo no último fôlego que daria a vitória à equipa de Carlos Queiroz. Em vez disso, permitiu à Seleção Nacional respirar de alívio e seguir em frente.

O novo ponta de lança do Rio Ave é uma estrela no Irão. Tem 2.1 milhões de seguidores no Instagram, o que dá a medida da popularidade deste avançado que chega a Vila do Conde para procurar ser a referência do ataque, a concorrer com Bruno Moreira.

Taremi destacou-se no Persepolis, onde foi por duas vezes melhor marcador do campeonato iraniano. Em 2017 chegou a estar quatro meses suspenso por ter assinado contrato com os turcos do Rizespor mas ter regressado ao clube de origem sem cumprir o vínculo, no meio do golpe que abalou a Turquia. Acabou por deixar o Persepolis no final do contrato para rumar ao Al Grahafa. Além do talento, tem os golos como cartão de visita: 11 em 18 jogos na primeira temporada, 10 em 24 partidas na segunda época. Estreou-se pela seleção do Irão em 2015, pela mão de Carlos Queiroz, foi ao Mundial 2018 e esteve também neste verão na Taça da Ásia, onde fez cinco jogos e marcou três golos na campanha do Irão até às meias-finais.

As 18 equipas da Liga, uma a uma

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