Benfica-Nacional, 1-1 (crónica) - TVI

Benfica-Nacional, 1-1 (crónica)

Tempestade madeirense

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Jorge Jesus falou em tempestade na projeção do Benfica-Nacional e não era para menos. Com dez casos de covid-19 no plantel, as condições já não eram as ideais à partida para a 15.ª jornada e podem piorar ao final desta, se o líder Sporting e o FC Porto vencerem.

O Benfica até começou muito bem, na verdade. Ensaiou a vantagem com um golo anulado a Chiquinho, que marcou mesmo a valer aos 14 minutos. Mas depois veio o pior. Ou não veio o melhor: matar o jogo, mesmo sem uma grande exibição.

Os encarnados não conseguiram acelerar para maior vantagem na primeira parte e acabaram a sofrer. O golo de Rochez, a abrir o segundo tempo, não teve mais resposta e houve empate na Luz a uma bola, antes do dérbi em Alvalade, para o qual o Benfica pode partir a seis pontos, caso haja vitória leonina no Bessa.

Se em filmes anteriores na Luz já esta época a tempestade de jogos menos conseguidos acabou com final feliz – como a vitória sofrida ante o Farense por 3-2, ou o 2-1 ao Paços conseguido na compensação – a tempestade madeirense acabou sem bonança, para o primeiro empate em casa para a Liga e a segunda perda de pontos na Luz, após a derrota com o Sp. Braga.

Com três mudanças face à Taça da Liga, uma delas necessária – Svilar na baliza – Jesus colocou também Jardel e Chiquinho, tirando Todibo e Taarabt. João Ferreira fez a estreia na Liga e logo a titular, num jogo duro que serviu de crescimento. Não foi uma tarde feliz para o lateral, como não foi para Darwin ou Seferovic, muito apáticos na frente e sem capacidade de segurar bola para dar tempo e espaço à entrada dos médios ou dos alas.

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Chiquinho justificou a aposta num quarto de hora prometedor. Foi o primeiro a tentar visar a baliza, viu um golo anulado por fora-de-jogo de 19 centímetros a João Ferreira. E, por fim, lá fez o 1-0, num cabeceamento bem tirado a cruzamento de Pizzi.

Só que até ao intervalo não foi possível ver um Benfica avassalador. Ora pelo bom fecho de espaços do Nacional por dentro – que obrigou o Benfica a investir pelos corredores – ora por alguma falta de confiança. De assumir com tudo o jogo para outro conforto, pesassem todos os condicionalismos.

O 1-1, logo a abrir a segunda parte, numa antecipação inteligente e eficaz de Bryan Rochez a João Ferreira, na pequena área, foi o tónico de confiança que o Nacional precisava para poder sair com pontos da Luz. Esticou a desvantagem mínima até onde pôde e marcou de forma cirúrgica quando teve ocasião.

Com meia hora para jogar e já interiorizada a vantagem perdida, Jesus lançou Pedrinho e Gonçalo Ramos, tirando Rafa e Darwin. O brasileiro espevitou jogadas ofensivas e numa delas – talvez a mais perigosa até final – acabou com Gonçalo Ramos a ver Daniel negar o 2-1 num forte remate.

Depois, Seferovic também cheirou a bonança, o golo na reta final que o Benfica já conseguira noutras ocasiões para a vitória. Mas não conseguiu concluir ao minuto 83. Taarabt ainda foi a jogo, mas também não deu.

Entre lances de protesto mútuo para possíveis penáltis, a tempestade persistiu e vai do plantel a um resultado indesejado, que pode ditar fuga maior dos rivais.

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