Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (0-0) frente ao Belenenses:
«Penso que o resultado acaba por ser justo porque o Belenenses foi muito eficaz a defender. Entrámos bem na primeira parte, criámos duas ou três situações em que podíamos ter finalizado com mais qualidade. Não permitimos uma pressão alta do Belenenses e não me lembro de criarem uma oportunidade.
Na segunda parte voltamos a entrar fortes, é verdade que não foi um jogo bem jogado, e penso que nos faltou critério de decisão. Na parte final, nos últimos dez minutos o jogo ficou realmente perigoso e voltamos a ser forte e organizados. Já que não dá para ganhar, somamos um ponto.
[casos Covid no plantel mexeu na estratégia] Não mexeu com a estratégia para o jogo porque ela é inalterável independentemente de quem joga. Estes casos perturbam a nível mental porque é tudo novo para nós. Há sempre a dúvida se houve contacto ou não, cria alguma desconfiança e isso perturba. Nós acreditamos nos jogadores e todos trabalham os processos
[substituições depois da hora] Na primeira parte tivemos uma intensidade altíssima. O Belenenses é uma equipa muito bem organizada defensivamente e é forte nas transições. Nós não queríamos correr esse risco porque sabemos da importância de conquistar pontos. Temos de dar mérito a quem o tem, que é o Belenenses que fecha muito bem a baliza. A decisão de não mexer tão cedo teve a ver com o ritmo muito alto que estava o jogo e eu preferi dar instruções para a equipa, do que colocar jogadores que poderiam não ter o ritmo certo
[estreia de Brian] Estou extremamente feliz por ele. É um homem de grande caracter que trabalha muito e tem muita qualidade. Eu gosto de gente de trabalho, humilde. Não tive dúvidas em coloca-lo porque a minha confiança nele é enorme. Ele não teve muito trabalho, mas teve cruzamentos onde se notou segurança. É um valor seguro do Gil Vicente.
[mudanças no meio campo] O João Afonso tem mais rotinas de pivô defensivo e depois perdemos um bocadinho da qualidade do critério do Claude mais à frente. É um jogador com uma dinâmica muito forte e decide muito rápido. Mas também ganhámos mais qualidade na saída de bola e conseguimos ligar o jogo com mais naturalidade. O Vítor Carvalho deu-nos mais jogo aéreo, por isso o futebol é assim, tentámos ir buscar o melhor de cada um».