Portimonense-Benfica, 1-5 (crónica) - TVI

Portimonense-Benfica, 1-5 (crónica)

Vencedor justo com goleada exagerada

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O Benfica goleou o Portimonense num encontro em que dominou, mas que só conseguiu desbloqueá-lo após o intervalo, quando Jorge Jesus apostou em Darwin ao lado de Seferovic, desmoronando a boa organização defensiva dos algarvios.

Os encarnados entraram com as linhas subidas e a pressionar, remetendo os de Portimão para trás, com muita posse de bola. Porém, o domínio não teve correspondência em oportunidades claras de golo, porque o Portimonense esteve sempre muito bem organizado a defender.

A progressão encarnada privilegiava o passe curto e com a bola a circular entre os seus jogadores, mas quando chegava a zonas de finalização os caminhos estavam todos tapados. Por via do recuo, o Portimonense procurou o passe em profundidade, à procura de Beto, que esteve sempre vigiado por Lucas Veríssimo.

As dificuldades no domínio benfiquista - chegar a zonas de remate - ficaram evidenciadas com o tempo, porque só perto da meia hora a equipa de Jorge Jesus conseguiu incomodar Samuel Portugal. Primeiro por Pizzi, que não dominou a bola dentro da área quando estava perante o guarda-redes. Pouco depois, quando Rafa rematou forte ao lado, após combinar com Pizzi. Antes, o Portimonense ameaçara por Aylton Boa Morte, mas a bola foi travada por Helton Leite e por Artur Soares Dias, que assinalou fora de jogo.

A ordem não desatava, o Benfica persistia, o Portimonense defendia com mérito e o intervalo aproximava-se. Só que, num descuido de Otamendi, Beto ganhou as costas e isolou-se para finalizar contra a corrente. Muito mérito para Aylton Boa Morte, que passou por Vertonghen e Gabriel, que nem tentou travá-lo porque já tinha amarelo, e serviu o avançado para o seu 11.º golo no campeonato.

O Benfica acusou o revés, percebeu-se, mas teve a felicidade de anular de imediato a vantagem algarvia, por sinal numa vistosa jogada, que começou em Vertonghen, passou pela cabeça de Grimaldo e acabou com Pizzi a desviar Maurício para ficar diante de Samuel e colocar a bola rasteira, junto ao poste esquerdo. Um golo importante que reverteu a confiança à equipa, para a segunda metade.

Portimonense-Benfica: toda a reportagem do jogo

Os dois treinadores mexeram após o intervalo e Darwin Núñez foi aposta ganha de Jesus. O uruguaio entrou para o lugar de Gabriel e ainda no primeiro minuto em campo desperdiçou boa oportunidade, mas não falhou passados quatro minutos, quando furou entre Possignolo e Maurício, assistido por Taarabt, para rematar rasteiro. Ao intervalo Paulo Sérgio, certamente olhando para a entrada de Darwin, também alterou, retirando Fabrício e colocando Tagliapietra, mudando para 3x4x3.

Se faltaram oportunidades de golo ao Benfica na primeira metade, a segunda foi totalmente diferente e deu para chegar à goleada, com Seferovic a bisar a isolar-se na liderança dos melhores marcadores com 18 golos, marcando aos 64 e aos 73 minutos, assistido por Diogo Gonçalves e Grimaldo. Definiu-se aí o vencedor, embora a vontade dos algarvios tenha continuado.

Na última jogada do jogo, Everton passou por Samuel Portugal e rematou para Tagliapietra desviar para a sua baliza, colocando números enganadores no marcador: os encarnados mostraram eficácia, aproveitando praticamente todas as oportunidades que tiveram. Os algarvios responderam quase sempre por Beto e o avançado até esteve perto de bisar quando no resultado a diferença era mínima para as águias, mas Helton Leite evitou.

O Benfica regressou assim às vitórias depois do desaire com o Gil Vicente, num jogo em que começou a perder mas acabou por vencer com justiça, mas com números exagerados.

O resumo do jogo:

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