A Figura: Jorge ‘Messi’ Correa
O Marítimo-Tondela ofereceu pouco espetáculo, fruto do grande rigor tático de duas equipas a lutar pela permanência. Mas acabou por oferecer um momento mágico. É como se pode definir, com toda a justiça, o lance individual assinado por Jorge Correa, que vestiu a pele de Messi, seu compatriota, para marcar um golo de levantar qualquer estádio e dar três pontos importantes à equipa insular. O argentino passou grande parte do jogo preso aos detalhes do rigor, mas libertou-se no momento certo e carimbou o resultado com grande classe.
O Momento: Slalom argentino ‘mata’ o jogo (83m)
O Marítimo precisava de ‘matar’ do jogo e Jorge Correa, servido por Vukovic, descobriu o caminho sozinho. Arrancou ainda a meio do meio-campo, passou por pelo menos quatro adversários, e já em plena grande área rematou de pé esquerdo para esticar as redes à guarda de Cláudio Ramos, de nada valendo a estirada deste. O Tondela rendeu-se à festa insular.
Outros destaques
Charles: o brasileiro, que antes do jogo recebeu o prémio de melhor guarda-redes da Liga no mês de março, provou, dúvidas houvesse, o quão fundamental tem sido debaixo dos postes da baliza do Marítimo. Negou ao Tondela o primeiro golo do jogo, e depois segurou a vantagem mínima da sua equipa, com outras duas grandes intervenções, até Jorge Correa assinar o lance de génio que sentenciou o resultado.
Edgar Costa: o experiente capitão dos insulares voltou a mostrar que está talhado para jogos de grande importância. Desta vez abriu o marcador, aos 33m, aproveitando um erro defensivo dos beirões e numa altura em que pouco ou nada o ataque madeirense havia produzido para justificar estar na frente do marcador.
Peña: o médio ofensivo peruano entrou bem no jogo e por mais uma uma vez esteve muito perto de marcar, embora desde a meia distância ou na cobrança de um livre, que foi travado por um grande Charles. Foi dos elementos do Tondela que mais lutou por um resultado positivo.
David Bruno: o lateral direito dos beirões esteve em grande evidência em termos defensivos ao longo de todo o jogo e também no apoio ao ataque. Na retina ficaram dois belos cruzamentos para zona de finalização, que Tomané não conseguiu desviar com a melhor direção.