Portimonense-Rio Ave, 1-1 (crónica) - TVI

Portimonense-Rio Ave, 1-1 (crónica)

Partes distintas, domínios repartidos

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Um jogo com duas partes distintas só podia dar empate. O Rio Ave dominou até ao intervalo e a vantagem justificava-se, mas depois a reação dos algarvios foi proativa, chegando ao empate com menos um jogador em campo.

No onze inicial do Portimonense, o treinador António Folha efetuou apenas uma alteração, em relação à derrota em Guimarães, na passada jornada: Pedro Sá regressou de castigo, saindo Rômulo da equipa. Folha utilizou a fórmula - e com os mesmos jogadores - da primeira vitória caseira, sobre o Famalicão, ocorrida há quinze dias, esquematizando em 5x4x1 a defender,  com Fernando a encostar aos centrais e Henrique a fechar a esquerda. Com bola e a sair para o ataque os corredores eram explorados pelos laterais e Aylton Boa Morte e Dener fletiam para zonas interiores.

No Rio Ave, Carlos Carvalhal trocou dois jogadores, que estiveram de início na vitória sobre o Gil Vicente: saíram Matheus Reis e Taremi (que estão castigados) e entraram Pedro Amaral e Nuno Santos. Em termos táticos o treinador dos vila-condenses dispôs a equipa em 4x3x3, com Filipe Augusto em posição mais recuada no meio-campo e Bruno Moreira fixo entre os centrais contando ainda o ataque com as diagonais dos extremos Carlos Mané e Nuno Santos e com as subidas de Diego Lopes.

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Com boa dinâmica e uma equipa segura a trocar a bola com jogadores muito tecnicistas, o Rio Ave cedo tomou conta das operações. E numa das investidas de Diego Lopes, chegou à vantagem, depois de três boas tentativas nos primeiros quatro minutos de jogo, em ações Tarantini, Diego Lopes e Filipe Augusto, com, em todas elas, a bola a passar ao lado dos ferros da baliza defendida por Ricardo Ferreira.

Os algarvios estavam atónitos, não conseguiam pegar no jogo mas também poderiam ter faturado, muito pelo trabalho de Jackson Martinez que aos 9 minutos viu Kieszek adiantado e tentou um chapéu... do meio-campo, e aos 18, o forte e colocado remate foi travado por instinto pelo guarda-redes polaco, que sacudiu a bola para canto.

Mas três minutos depois, o Rio Ave chegou mesmo à vantagem  numa saída rápida de Diego Lopes, que solicitou a entrada de Nuno Santos na esquerda, com o extremo a devolver com um passe atrasado para o criativo brasileiro aplicar um remate forte que levou a bola a entrar junto ao poste direito da baliza defendida por Ricardo Ferreira.

Até ao intervalo o Rio Ave esteve muito bem organizado e controlou as operações, não deixando os jogadores do Portimonense pensarem. Apenas por uma vez, aos 30 minutos, foi encontrado espaço para remate, num bom desenho ofensivo dos algarvios, com Jackson Martinez, de calcanhar, a deixar Lucas Fernandes em posição frontal e sem ninguém pela frente, só que a bola saiu fraca e à figura do guarda-redes polaco do Rio Ave.

Certamente descontente com o que estava a ver, António Folha lançou Tabata no início da segunda-parte, para o lugar do trinco Pedro Sá, adiantando Fernando para o miolo ao lado de Lucas Fernandes e alargando a equipa, encostando Tabata e Aylton Boa Morte nas alas, com Dener nas costas de Jackson Martinez.

No entanto, foi o primeiro desperdício da etapa complementar pertenceu ao Rio Ave, por Carlos Mané, que aos 55 minutos rematou em boa posição, com Ricardo Ferreira a evitar o segundo golo dos visitantes. O Portimonense respondeu pouco depois por Tabata mas o remate não saiu com a direção certa.

Mas ficou o aviso de que a disposição dos algarvios para inverterem o rumo era diferente e Aderlan Santos salvou o empate aos 61 minutos, depois de ter falhado o corte, aliviando em cima da linha um chapéu de Jackson Martinez, a Kieszek.

Aos 66 minutos os algarvios ficaram reduzidos a 10 jogadores, depois de uma entrada imprudente de Henrique sobre Vitó, que um minuto antes rendera Tarantini. O lateral brasileiro viu Artur Soares Dias mostrar-lhe o segundo cartão amarelo e o Portimonense ficou mais limitado na tentativa de recuperação que estava a empreender.

Apesar de ter menos um, Folha voltou a arriscar ainda mais, tirando o lateral japonês Koki Anzai, e apostando no extremo colombiano Marlos Moreno e conseguiu chegar ao empate, pelo capitão Jadson: Dener, na esquerda e junto à linha de fundo, fez um esforço impressionante e impediu a saída da bola, cruzando depois para Marlos cabecear ao poste, com a bola a sobrar para Jadson, que empurrou para o empate. Nos descontos, Kieszek, com duas grandes intervenções, evitou o segundo dos algarvios: primeiro num remate de Jackson Martinez e depois num desvio de cabeça de Lucas Possignolo.

Depois de uma primeira-parte aquém do esperado, o empate acaba por ser um mal menor para os algarvios, obtido com menos um jogador em campo, e premeia a audácia e coragem de António Folha, pelos riscos que correu em mandar avançar a sua equipa, mesmo quando estava em inferioridade numérica. O Rio Ave não conseguiu capitalizar o bom jogo que fez até ao intervalo.

 

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