Rio Ave-Boavista, 2-0 (crónica) - TVI

Rio Ave-Boavista, 2-0 (crónica)

Rio Ave-Boavista

Diego, o número dez

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Diego «Armando» Lopes. O ensaio maradoniano do número dez do Rio Ave, homónimo do D10S argentino, valeu o bilhete e a exposição ao vento gelado dos Arcos. Um golo fantástico, um momento de inspiração e coragem, um hino à criatividade do pequeno brasileiro.

O Rio Ave teve de recorrer à superação de Diego para acabar com a resistência do Boavista e partir daí até uma vitória justa, lógica e que penaliza uma primeira parte horrível da equipa agora orientada por Daniel Ramos.

Em bom rigor, o Rio Ave teve 40 minutos de muita posse e circulação (76 por cento!), mas também uma lentidão penalizadora no último terço. De repente, em cinco minutos, fez o golão de Diego Lopes, teve um golo anulado a Nuno Santos (verificado pelo VAR) e marcou o 2-0 pelo incontornável iraniano Mehdi Taremi.

FICHA DE JOGO DO RIO AVE-BOAVISTA

Vale a pena sublinhar a assistência de Diego Lopes e a fragilidade de Obiora no acompanhamento ao pequeno rioavista nesta jogada. Tudo simples, tudo fácil, tudo a confirmar a diferença de qualidade evidente entre os dois conjuntos.

O Rio Ave chegou com conforto até ao intervalo e continuou confortável até ao fim da partida. Na segunda parte teve menos bola, aceitou recuar ligeiramente as linhas e ficou à espera de ver o do que era capaz o Boavista. Ao perceber que os axadrezados não tinham soluções, apenas mais vontade, a equipa de Carlos Carvalhal sossegou e voltou a mandar no jogo a partir dos 65/70 minutos.

Este Boavista de Daniel Ramos ainda não venceu. Um empate e duas derrotas com o sucessor de Lito Vidigal. Os resultados são maus, mas isso não é o mais preocupante na perspetiva axadrezada. Com Lito a equipa jogava um futebol primário, defendia com gente a mais e excessivamente. Tudo verdade. Mas era razoavelmente sólida e capaz de ler bem todos os momentos do jogo, apesar do ideário conservador do treinador.

DESTAQUES DO JOGO: Diego Lopes e Taremi à frente dos outros

Com Daniel Ramos, o Boavista ainda não se definiu. Se quer ter bola e ser mais ofensivo, tem de jogar muito, muito mais; se quer ser uma equipa de linhas mais baixas e transições rápidas, tem de ser mais agressiva e decidida nos momentos em que tem bola. O que o Boavista mostrou nos Arcos não é aceitável num emblema histórico, campeão nacional em 2001 e cheio de adeptos exigentes.

O Rio Ave fecha uma boa primeira volta com 25 pontos, lado a lado com o Vitória de Guimarães. Tem futebol e ideias para sonhar com o «top 5». O Boavista tem 19 e muitas preocupações para resolver.

VÍDEO: o resumo do Rio Ave-Boavista

 

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