Rio Ave-Santa Clara, 2-2 (crónica) - TVI

Rio Ave-Santa Clara, 2-2 (crónica)

  • Vítor Maia
  • Estádio do Rio Ave, Vila do Conde
  • 18 jul 2020, 21:07

Celebrar um feito histórico e despedir-se do sonho europeu

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Final de tarde típica de verão, duas equipas que jogam bem, golos e quase duas mão cheias de oportunidades. Pode pedir-se melhor?

Quiçá o Rio Ave podia pedir mais que o empate (2-2). A equipa de Carlos Carvalhal superou a melhor pontuação da história do clube (52 pontos), mas pode ter dito adeus ao sonho europeu. caso o Famalicão vença o Boavista esta noite. 

Por sua vez, o Santa Clara não podia pedir melhor: somou um ponto e igualou a melhor pontuação da sua história na Liga (42 pontos). 

É justo dizer que os vilacondenses foram melhores durante a maior parte do jogo. E a explicação é simples: jogaram mais e melhor. Naturalmente, assinaram jogadas vistosas, com poucos toques e com chegadas rápidas à baliza de André Ferreira.

Embora o primeiro remate tenha pertencido a Thiago Santana, as melhores oportunidades foram do Rio Ave com Piazón a ser protagonista. O jogador cedido pelo Chelsea tentou o golo por duas vezes e desperdiçou uma clara oportunidade em plena pequena área. Junte-se a esses três remates, um pontapé forte de Diogo Figueiras que André Ferreira travou com dificuldade. 

O golo verde e branco era uma questão de tempo. Pressentia-se, no fundo. Chegou aos 23 minutos por Taremi (que jogador!). A jogada que origina o golo é, sublinhe-se, muito boa: Piazón e Diego Lopes trabalharam bem na zona central e libertaram Matheus Reis que cruzou rasteiro para o desvio do iraniano.   

Só em desvantagem é que o Santa Clara perdeu a timidez e jogou com o à-vontade de quem está plenamente confortável na tabela. Sabe aquela expressão clássica «jogar o jogo pelo jogo, caro leitor?  Foi o que os açorianos fizeram.

Ao mesmo tempo que o conjunto insular melhorou, o Rio Ave piorou e passou um mau bocado. Com a posse de bola dividida, Thiago Santana e Zaidu viram Kieszek negar-lhes o empate. Numa saída rápida, os vilacondenses (que perderam capacidade para ter bola nos minutos finais da primeira parte) viram Nuno Santos acertar no ferro. 

À terceira o Santa Clara marcou mesmo. Após uma jogada confusa, Costinha isolou Zé Manuel que foi mais rápido que Kieszek e Matheus Reis e igualou a partida.

A segunda parte foi distinta. Rio Ave, Rio Ave e mais Rio Ave. Os vilacondenses sufocaram o Santa Clara durante vinte minutos: enviaram uma bola ao ferro por Aderllan e viram Diego Lopes falhar uma oportunidade de ouro.

Quando nada o fazia prever, o Santa Clara consumou a reviravolta no marcador num lance de bola parada. Zaidu cabeceou mal, Costinha insistiu e voltou a assistir um colega, desta feita Fábio Cardoso, para o 2-1. 

O Rio Ave sentiu o golo sofrido, inclusive podia ter sofrido o 3-1 por Thiago Santana, mas arranjou forças para tentar conquistar, no mínimo, um ponto. E consegui-o por Medhi Taremi. O 16.º golo do iraniano, de grande penalidade, aos 81 minutos, permitiu aos verde e brancos sonhar com o triunfo.

Estiveram perto, quando André Ferreira quase comprometia, mas ficaram-se pelo empate. A qualificação para a Liga Europa pode ter ficado hipotecada, apesar do bom futebol jogado pela equipa. O Santa Clara continua sorridente e confortável à espera das (merecidas) férias.

 

 

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