Os amigos tiveram de ficar de fora, mas a família veio toda.
Afinal, não é todos os dias que se celebram 114 anos de vida.
Por isso, e porque a pandemia ainda não está para grandes festejos, a festa de aniversário do Sporting fez-se em ambiente mais controlado, mas não deixou de se fazer. E com três pontos de presente.
Um presente que chegou para honrar o mais belo passado do aniversariante. A tal família, que não faltou.
Damas. Stromp. Vasques. Fernando Mendes. Jesus Correia. Jordão. Hilário. Figo. Manuel Fernandes. Balakov. Morais. Travassos. Ronaldo. Yazalde.
Foi a família sportinguista, impressa nas costas de cada um dos jogadores que pisaram o relvado, a empurrar a equipa de Rúben Amorim para o quarto triunfo consecutivo. Uma marca que parecia guardada para um dia de festa, uma vez que ainda não tinha acontecido esta época.
Mas é preciso dizer que esta celebração também teve aquele convidado inconveniente.
É que o Gil Vicente chegou de crista arrebitada. E fez tudo para ser o protagonista da festa.
Teve um golo anulado logo a abrir o jogo e não se encolheu quando o Sporting chegou à vantagem, por Wendel, pouco depois dos 20 minutos.
Prova disso é que voltou a marcar – e novamente a ver o golo anulado - logo a seguir a ter ficado em desvantagem.
É verdade que ofereceu o segundo golo de presente, num erro enorme de Claude Gonçalves, adaptado a lateral direito, mas nem mesmo depois de ter ficado a perder por dois golos de diferença, quis deixar de ser incómodo.
Marcou em cima do minuto 90, de penálti, por Rúben Ribeiro. E esse foi um prémio merecido.
Ainda que não tenha sido suficiente para estragar a festa de um leão que consolida o terceiro lugar, agora com mais cinco pontos do que o Sp. Braga.
E que, de forma assumida ou não, ainda aspirará a lançar as garras ao segundo lugar, que está agarrado por nove pontos pelo grande rival.
Porque estes 114 anos de história foram feitos a olhar para cima. E a querer chegar sempre mais alto.