Tondela-FC Porto, 1-3 (crónica) - TVI

Tondela-FC Porto, 1-3 (crónica)

FC Porto vence em Tondela e tem uma mão no título

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*por Rafael Santos

Tal como se esperava, o FC Porto entrou bastante pressionante e com um bloco alto. Contudo, arrancou a meio gás e um tanto desinspirado. A querer marcar nos primeiros minutos de jogo para depois impor o ritmo na partida, os azuis e brancos esbarraram nas mãos de Babacar Niasse.

O guardião auriverde foi o homem da primeira parte. Aos 11 minutos negou um golo cantado a Marega, que nem queria acreditar no que tinha acontecido. Uma defesa que valeu festejos como se de um golo se tratasse.

Com objetivos bem diferentes, o FC Porto a lutar pelo título e o Tondela pela permanência na Liga, os beirões desde cedo que quiseram mostrar ao que vinham.

A equipa orientada por Natxo González voltou a pecar na finalização, mas ainda fez tremer a defesa dos dragões. Ora por Richard que mandou ao lado do poste da baliza de Marchesin, ora por Toro que arriscou a sorte de longe, mas sem sucesso.

Uma primeira parte sem sumo, num jogo bastante disputado a meio campo, onde os cruzamentos para dentro da grande área foram a arma adotada pelos dois conjuntos.

Tecatito Corona bem tentou, até por diversas vezes, desmontar os defesas do Tondela, mas o mexicano esqueceu-se da inspiração em casa. Como não dava através de Corona, virou para Manafá, mas correr só não basta.

A tentar forçar o golo a todo o custo, a defesa do Tondela apareceu bem composta e segura do jogo que tinham de fazer. 

Apesar de estarmos a viver uma realidade bem diferente daquela a que qualquer adepto está habituado num jogo de futebol, com as bancadas vazias, o FC Porto contou ainda com o apoio dos Super Dragões vindo de um hotel junto ao estádio.

Mas nem com uma força extra, a turma de Sérgio Conceição conseguiu crescer no jogo e superiorizar-se a um adversário com um poderio bastante diferente.

Palestra de Sérgio Conceição foi eficaz

A querer apagar o registo da primeira metade do jogo, o FC Porto entrou de cara lavada e mostrou o porquê de ser o líder do campeonato.

Dois minutos, foi o tempo que Danilo Pereira precisou para conseguir ultrapassar a assombração da primeira parte, o até então imbatível, Babacar Niasse.

Depois do golo, o FC Porto ganhou ainda mais força e o objetivo era só um: dilatar o marcador e selar a vitória o mais cedo possível. Insistiu, persistiu e não desistiu e passados 17 minutos, aos 64, Tecatito Corona com um passe a rasgar conseguiu isolar Marega.

O avançado portista mais uma vez a mostrar a sua veia de matador e a não perdoar uma oportunidade de ouro diante de Babacar, que nada mais teve a fazer a não ser ir buscar a bola ao fundo das redes.

De pés e mãos atadas, Natxo González viu-se forçado a lançar a carne toda para o assador e tornou a equipa mais atacante com algumas mexidas. Ronan veio para ser a referência do ataque auriverde.

Sem nada a perder o Tondela deu tudo o que tinha para diminuir a desvantagem de dois golos. Valeu a persistência beirã, recompensada com uma grande penalidade convertida em golo por Ronan.

A perder só por um o Tondela quis sempre mais. Os beirões acabaram a expor-se cada vez mais e Tomislav Strkalj esteve perto de fazer o gosto ao pé e encostar o FC Porto às cordas.

O jogo aqueceu e não terminou sem mais um penalti, desta feita a favor do FC Porto. Fábio Vieira chamado à marca da grande penalidade e a converter de forma exímia. Resultado selado, o FC Porto sai de Tondela com uma mão na taça de campeão nacional.

Sem perder tempo, os Super Dragões que fizeram notar o seu apoio ao longo de todo o jogo, ainda antes do apito final festejavam já a vitória de forma efusiva.

Contas feitas, o FC Porto continua a liderar de forma isolada, agora, com uma vantagem provisória de nove pontos para o Benfica, que vai ainda defrontar o Famalicão. Em caso de triunfo dos famalicenses, os dragões podem celebrar o título já nesta quinta-feira.

Já o Tondela continua sem conhecer o sabor da vitória e desperdiçou uma excelente oportunidade de se afastar do Portimonense, depois dos algarvios terem perdido na casa do Rio Ave. Os beirões continuam então com os mesmos 30 pontos, apenas três pontos de vantagem para a linha de água.

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