Benfica-Marítimo, 5-0 (destaques) - TVI

Benfica-Marítimo, 5-0 (destaques)

Benfica-Sporting (Lusa)

O que Jonas toca transforma-se em ouro

A figura: Jonas

Tem mais golos do que jogos e o que Jonas toca transforma-se em ouro. O Benfica andava longe da baliza madeirense, não tinha qualquer remate, mas depois surgiu uma bola solta a área insular: Jonas fez sinal a Jardel e atirou para o 1-0. No primeiro remate, fatal como o tiro de uma pistola que sai direto ao coração. Jonas foi tudo aquilo que costuma ser: homem-golo, o ponto final de um Benfica que arrasou o Marítimo com um hat-trick em 45 minutos do camisola 10. São já 30 golos no campeonato, 33 no total das provas e o jogo até deu para se reconciliar com o penálti. Está a três da melhor época de sempre. E isso diz mesmo muito da temporada de Jonas. Está a conseguir ser melhor do que ele próprio.  

O momento: minuto 16

O Marítimo tinha entrado bem na Luz e o Benfica ainda nem tinha entrado na área de Charles. André Almeida foi ao chão, no limite, tocar a bola para trás e apareceu o mais previsível dos jogadores: Jonas. Previsível por isto apenas: marcou. O 1-0 virou o jogo do avesso e a partir daí a águia entrou num largo festejo dos 114 anos de vida.

 

Zivkovic

Um desempenho de nível máximo do sérvio. Zivkovic entende o jogo como Grimaldo e Cervi e os três beneficiam disso. O sérvio não jogou apenas à esquerda, andou por todo o lado e sempre com grande discernimento nas ações. Quando se é dono de um passe certeiro e de uma inteligência superlativa a ler-se o que está pela frente, é fácil destacar-se do demais. O passe para Grimaldo fazer o 2-0 é um exemplo, o outro foi o que viu quando entregou para Cervi desperdiçar a oportunidade mais flagrante do Benfica em todo o jogo. Zivkovic também traz dimensão defensiva ao jogo encarnado: nesta tarde batalhou imenso num relvado que começou a ficar pesado, ficou com marcas dos duelos, mas saiu claramente como um dos melhores da equipa. Aliás, este destaque até já estava completado, quando Zivkovic fez uma obra prima, incrível na beleza e na dificuldade: finalizou-a de pé direito para o 5-0.

André Almeida

Sempre subido a combinar com Rafa e Pizzi, no triângulo português da direita, André Almeida saiu da partida desta noite com duas assistências. Ambas para Jonas, que até lhe pediu para «engraxar» a bota direita. O primeiro passe para golo foi no limite, no chão, na ideia de que nunca desiste. O segundo um cruzamento mais longo, menos destinado ao sucesso, mas também convenhamos: André Almeida sabia que havia Jonas na área e isso muda as probabilidades.

Rafa

Outro jogo a titular e em crescendo. Começou por ser ele a levar a equipa à frente, numa jogada nos minutos iniciais, mas o que se nota é que está muito mais à vontade com os colegas e está cheio de confiança. O Benfica com ele é diferente do Benfica com Salvio. Falemos do português: o 27 percebe melhor o jogo interior que o argentino. Com isso, beneficiam Pizzi e André Almeida, ou quem por perto andar. Falta-lhe, lá está, o que o argentino traz muitas vezes: golo.

Grimaldo

Estreou-se a marcar na temporada, ao apontar o 2-0. Já andava neste texto quando se falou de Zivkovic e, nem mais, Grimaldo concluiu uma das brilhantes jogadas que o sérvio inventou. Porque foi um lateral ofensivo, mas que não se deixou ficar apenas pela linha. Muitas vezes surgiu ao meio, nas trocas posicionais que os encarnados foram criando para quebrar a defensiva contrária.

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