Silas desistiu do Sporting: «Jogadores não estavam focados» - TVI

Silas desistiu do Sporting: «Jogadores não estavam focados»

Silas (Lusa)

Treinador fala sobre a saída de Alvalade e das «ideias diferentes» de Frederico Varandas e Hugo Viana, duas pessoas «bem intencionadas».

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Jorge Silas foi treinador do Sporting durante 158 dias, mas há um que o marcou de forma significativa. Pela negativa. A 27 de fevereiro de 2020 os leões perderam na casa do Basaksehir por 4-1 (após prolongamento) e saíram da Liga Europa. Silas atirou nessa noite a toalha ao chão.

«Fizemos quatro golos e sofremos cinco de bola parada nessa eliminatória. A bola parada tem muito de concentração e de foco. Aí sentimos que os jogadores já não estavam focados», afirma o ex-treinador dos leões ao jornal A Bola.  

«A frustração da derrota levou-me logo a falar com o Hugo Viana. Ele disse-me e com toda a razão: 'Silas, vamos dormir sobre o assunto porque a seguir às derrotas as decisões que se tomam quase nunca são boas'. Foi isso que fizemos, mas depois de descansarmos continuei a sentir o mesmo. Não estávamos a ser a solução e eu achava que o Sporting devia ter a oportunidade de contratar alguém a pensar no futuro.»

Silas confirma que fez o jogo em Famalicão (derrota por 3-1 a 3 de março) já sabendo que essa seria a sua despedida, independentemente do resultado. «Os jogadores também já sabiam que seria o nosso último jogo. Tentei sempre ser honesto com eles. Não queria que eles soubessem por outras pessoas.»

Jorge Silas diz ainda ter «opiniões e ideias muito diferentes» das de Frederico Varandas e Hugo Viana sobre «muitos temas do Sporting», mas assegura que o presidente e o diretor desportivo são «pessoas muito bem intencionadas» e que querem «o bem do Sporting». 

Sobre a qualidade de jogo da equipa, ou a falta dela, Silas lamenta ter encontrado «vários jogadores» que jogam «muito no limite do risco». «Este Sporting tinha muita pressa, urgência de ganhar. Os atletas sentiam essa necessidade e isso tornava a equipa muito mais vertical do que aquilo que eu acho que deve ser».  

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