Benfica-Portimonense, 0-1 (crónica) - TVI

Benfica-Portimonense, 0-1 (crónica)

Paulo Sérgio não se importou de dar razão a Jesus para conseguir algo inédito

Relacionados

Jorge Jesus tinha avisado que o Portimonense ia defender melhor do que o Barcelona, mas a equipa algarvia foi além disso. Não só conseguiu sair da Luz sem sofrer golos, como ainda conseguiu marcar um, garantindo assim o triunfo inédito do ninho da águia.

Depois da moralizadora noite europeia, com a vitória por 3-0 sobre o Barcelona, o Benfica mostrou-se desinspirado no ataque. A equipa de Jorge Jesus sofre a primeira derrota da época e lidera agora com um ponto de vantagem sobre FC Porto e Sporting.

Paulo Sérgio afinou a estratégia de forma a dar razão total ao que Jesus tinha antecipado sobre a organização defensiva do adversário. A formação algarvia encaixou muito bem no desenho tático que o Benfica assume por estes dias, mesmo que para tal tenha assumido algumas referências individuais. Foi o caso de Pedro Sá, uma das três novidades no onze do Portimonense, que teve sempre a missão de vigiar Rafa. Mesmo quando este passou a abrir mais na direita, por indicação de Jorge Jesus, por volta do minuto 20.

Até então o Benfica pouco ou nada tinha incomodado o Portimonense. Só a partir daí, com a frente de ataque mais larga, é que a equipa da casa começou a criar perigo, mas deparou-se então com uma resposta inspirada do guarda-redes visitante.

Só na primeira parte, Samuel Portugal teve quatro intervenções de altíssimo nível, a segurar o nulo. Duas vezes a negar o golo a Grimaldo (uma delas de livre direto), outra a Yaremchuk, mesmo em contrapé, e ainda a Rafa, que apareceu isolado na área.

Embora procurasse sair a jogar com serenidade, quando tinha a oportunidade de sair em ataque organizado, a equipa algarvia só conseguiu criar perigo com dois remates de longe, ainda que Vlachodimos tivesse de voar para evitar o golo de Aylton Boa Morte, para depois segurar um remate de Pedro Sá com maior facilidade.

Jesus surpreendeu ao intervalo, ao lançar Gil Dias para o lugar de Gilberto (André Almeida só entrou depois), e a etapa complementar começou com o Benfica a festejar um golo, mas em falso. Um remate de Yaremchuk ressaltou do poste para o corpo de Samuel Portugal, e daí para o fundo da baliza, mas o VAR apanhou o ucraniano em posição irregular (50m).

Ao minuto o golo contou mesmo, mas para o Portimonense, que aproveitou um lance de bola parada. Lucas Possignolo antecipou-se a Weigl, ao primeiro poste, e arrefeceu a Luz (66m).

Jesus lançou André Almeida e Taarabt de seguida, mas foi o Portimonense a criar outra situação de perigo, com um remate de fora da área de Lucas Fernandes, que saiu ao lado.

Depois o Benfica tomou de assalto o meio-campo contrário, mas houve pouca cabeça a acompanhar o coração. As ocasiões de Lucas Veríssimo (81m) e Taarabt (83m) saíram ao lado, e quando o golo parecia certo apareceu Fali Candé em cima da linha, a evitar o empate de Otamendi (84m).

Já em período de descontos o central argentino ainda enviou uma bola à parte exterior do poste, mas nem os centrais conseguiram contrariar a desinspiração ofensiva.

O resumo da histórica vitória do Portimonense na Luz:

Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE