Estoril-Benfica, 1-1 (crónica) - TVI

Estoril-Benfica, 1-1 (crónica)

Lucas cedíssimo, Rosier a fechar: ao espelho a águia já não se vê líder

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Lucas cedíssimo, Rosier a fechar. O Benfica entrou praticamente a ganhar no Estoril, mas saiu a perder a liderança.

A equipa de Jorge Jesus adiantou-se no marcador logo aos dois minutos, mas isso também terá contribuído para que deixasse o jogo arrastar-se dentro de um registo perigoso, revelando desinspiração no último terço.

O Estoril acreditou até ao fim e acabou por chegar ao empate nos mesmos moldes, ao minuto 90. O jogo tornou-se assim uma espécie de espelho, mas nele a águia já não se vê líder.

Bruno Pinheiro saiu com um ponto para celebrar, mas teve de rasgar cedo os planos do aniversário. O cronómetro somava apenas 106 segundos de jogo quando Lucas Veríssimo saltou sozinho, na sequência de um canto de João Mário, e deu vantagem ao Benfica.

Só depois é que deu para começar a perceber as surpresas reservadas por ambos os treinadores. Contrariamente ao que é habitual, Darwín apareceu mais pela direita do que pela esquerda, e até Yaremchuk mostrou tendência para cair desse lado. O Estoril tentava que Gamboa alternasse entre médio defensivo e terceiro central, mas isso gerou alguma indefinição defensiva. É que Rosier encaixava em João Mário e André Franco saltava na pressão a Weigl, pelo que Rafa acabava por ficar frequentemente solto entre linhas.

Mesmo com o conforto da vantagem, com a possibilidade de gerir o ritmo do encontro de outra forma, o Benfica foi encontrando desequilíbrios na estrutura estorilista, mas depois revelava alguma precipitação a definir as jogadas. Rafa protagonizou dois remates ainda na primeira parte, mas no primeiro atirou à figura de Dani Figueira, e no segundo, em posição ainda mais privilegiada, atirou por cima.

De bola parada a equipa de Jorge Jesus também criou sempre dificuldades ao adversário, mas o Estoril contou com Bruno Lourenço para liderar a reação. Formado no Benfica, o camisola 20 mostrou-se muito ativo no primeiro tempo, por vezes complementado por Arthur, no lado oposto, mas sem que a equipa da casa conseguisse incomodar verdadeiramente Vlachodimos no primeiro tempo.

Já na segunda parte é que o internacional grego teve de aplicar-se para desviar um livre direto de Lucas Áfrico (53m), em jeito de alerta amarelo.

Jesus tinha trocado Yaremchuk por Gonçalo Ramos ao intervalo, e pouco depois ainda lançou Everton e Diogo Gonçalves.

O Benfica até voltou a despertar, mas perante a desinspiração ofensiva foram os defesas a tentar dar o exemplo. Lucas Veríssimo tentou o «bis» (66m) e Grimaldo chegou atrasado ao cruzamento de Gonçalo Ramos (68m), mas Vlachodimos também teve de aplicar-se para evitar o golo, logo a seguir (69m).

Gonçalo Ramos e Everton ainda aqueceram as mãos de Dani Figueira, para reforçar a ideia de que o Benfica era sempre mais perigoso, mas a equipa de Jorge Jesus cometeu o erro de deixar o jogo em aberto até ao fim.

Embora menos rematador, o Estoril saiu com os mesmos pontos, e até chegou ao golo da mesma forma, em cima do minuto 90: canto na esquerda e Rosier a cabecear nas alturas para o empate.

O Benfica ficou a queixar-se de um lançamento lateral anterior, mas deve queixar-se sobretudo da desinspiração ofensiva.

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