Bruno Fernandes: «Marquês? Com o Sporting campeão, vou com todo o gosto» - TVI

Bruno Fernandes: «Marquês? Com o Sporting campeão, vou com todo o gosto»

Chelsea-Manchester United (EPA)

Português participou no leilão solidário de Carolina Mendes, jogadora dos leões

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Bruno Fernandes participou no leilão organizado por Carolina Mendes, jogadora do Sporting, e revelou que vai «com todo o gosto» celebrar ao Marquês quando o Sporting for campeão.

«Celebrar ao Marquês? Com o Sporting campeão, vou com todo o gosto e para a linha da frente com o Paulinho. Quero festejar com ele», atirou, durante a conversa de mais de uma hora nas redes sociais.

O antigo capitão dos leões deixou ainda uma palavra para o roupeiro do clube. «O Paulinho marca qualquer um. Criei uma ligação muito forte com ele. É uma pessoa com quero e vou manter manter contacto sempre que for a Lisboa», referiu.

O médio do Manchester United recordou uma entrevista feita quando jogava em Itália para falar sobre Jorge Jesus.

«Os anos em Itália fizeram-me mais completo. Tens uma lição tática muito grande em Itália. Uma jornalista fez-me uma entrevista quando estava em Itália e perguntou-me se ser treinado pelo Jorge Jesus seria fácil. Há uns tempos ela publicou nas redes sociais a capa do jornal que fazia referência à entrevista e curiosamente acabei por vir a ser treinado pelo Jesus. Houve uma mudança nos meus números no ano com o JJ pelo facto de o clube ser melhor e de o contexto ser mais fácil para ter sucesso. Ajudou-me a ter um bom ano com 16 golos e 20 assistências», lembrou.

Porém, Bruno Fernandes só explodiu no ano seguinte já depois da saída do técnico. O internacional português explicou a época com 32 golos com a forma de jogar de Marcel Keizer.

«No segundo ano a ideia do mister Keizer e a maneira dele jogar permitiu-me fazer ainda mais golos. É verdade que a meia da época o Bas [Dost] teve uma lesão e comecei a marcar penáltis. Marquei seis ou sete golos assim», esclareceu. 

O jogador de 25 anos contou que o primeiro dia como red devil foi de loucos. «Cheguei lá no dia em que eles jogaram contra o Man. City. Atrasou-se tudo um pouco. Fui à Academia e alonguei-me na despedida. Foi mais difícil falar no balneário do que pensava. A viagem ficou para mais tarde, tudo ficou para mais tarde. Cheguei no intervalo do jogo e tive de começar a fazer exames sem comer. Comi a meio dos exames e estive lá até às 3h da manhã. Fiz ressonâncias magnéticas aos joelhos, aos tornozelos, ancas, a tudo e mais alguma coisa. Tive uma hora e meia deitado. No dia seguinte, às 8h da manhã tive de fazer o resto dos exames médicos. Assinei contrato e só depois é que pude treinar. Almocei e acabei por treinar sozinho com dois preparadores físicos», relatou. 

Mal chegou, o português teve logo direito a uma música por parte dos adeptos do clube. No entanto, só percebeu que era para ele... por causa do irmão que foi assistir ao jogo da estreia ante o Wolves.

«No primeiro jogo não tive noção. Foi o meu irmão, que foi ver o jogo, que gravou e me enviou. Não consegui entender, mas agora já consigo. Já estou familiarizado com a música. Quando saio do jogo penso 'cheguei há dois dias e já tenho uma música'. Deixou-me orgulhoso», assumiu.

Bruno Fernandes voltou a falar do Sporting e alongou-se sobre a pressão que existem os jogadores saídos da Academia e deu o exemplo de Pedro Mendes. 

«Senti isso no Sporting com a formação. Um miúdo que esteja bem na formação já achavam que ele estava bom para jogar na equipa principal e que era melhor do que os que estavam na equipa principal do Sporting. É muito diferente essa passagem. Por exemplo, colocaram muita pressão sobre o Pedro Mendes. Ele entrou, marcou e todos esperavam que jogasse sempre. Depois teve muitas ocasiões, não marcou e caiu no esquecimento o golo que fez ao PSV. E a qualidade dele manteve-se, ou se calhar até melhorou por estar a treinar com a equipa principal, mas as coisas não estavam a correr tão bem, a equipa não estava a ganhar», disse. 

Em relação ao período em Itália, o ex-Sporting lembrou o momento em que começou a ganhar espaço na Udinese.

«Entrei conta o Inter e, nas duas ou três vezes que toquei na bola, passei pelo Cambiasso, sentei o Zanetti e rematei para defesa do Handanovic. Tive um ou outro pormenor e a partir daí conquistei a minha oportunidade. Comecei a jogar tarde na Udinese, havia a copropriedade. A Udinese comprou metade do meu passe por 2,5 M€ e passado uns meses compraram o resto ao Novara. Joguei muito no primeiro ano na Seria A, sem competições europeias», concluiu. 

 

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