Arouca-Sporting, 1-2 (crónica) - TVI

Arouca-Sporting, 1-2 (crónica)

  • Estádio Municipal de Arouca, Arouca
  • 2 out 2021, 22:33

Leão reagiu rápido ao susto

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Por: Rui Santos

Seis jogos depois, o Sporting voltou a marcar mais do que um golo num jogo, e isso foi fundamental para vencer um Arouca bipolar, tímido na primeira parte, atrevido na segunda e que obrigou o campeão nacional a manter a sobriedade até final. Sarabia fez duas assistências, mas a noite foi de Matheus Nunes. E de Daniel Bragança, a quem começa a ser difícil passar ao lado.

Assim que a ficha de jogo foi tornada pública, levantou-se uma dúvida existencial no lado leonino. Iria Ruben Amorim abdicar do sistema de três centrais, imagem de marca do melhor Sporting dos últimos tempos? Com Feddal e Neto relegados para o banco, o técnico chamou ao onze um lateral, Ricardo Esgaio, e um médio, Daniel Bragança, este em estreia como titular, mas o sistema foi o mesmo de sempre.

Esgaio ocupou o lado mais à direita do trio de centrais, na companhia de Coates e Matheus Reis, e Nuno Santos ocupou-se da ala esquerda. No miolo, Bragança juntou-se a Palhinha e Matheus Nunes galgou alguns metros no terreno, fazendo parelha com Sarabia no apoio a Paulinho. Do lado do Arouca, Armando Evangelista deu mais músculo ao meio-campo, com a entrada de Eboue Kouassi, e trocou de avançado, com o palestiniano Oday Dabbagh a ocupar o lugar de André Silva, que nem no banco se sentou.

Na antevisão, Ruben Amorim dizia que o Sporting tinha de marcar mais golos do que havia feito ultimamente, e a verdade é que os leões entraram com um apetite voraz pela baliza adversária. Sarabia e Paulinho foram os primeiros a tentar, mas seria Matheus Nunes, num lance validado pelo video-árbitro após ter sido assinalado fora de jogo pelo auxiliar de Rui Costa, a furar a resistência arouquense (16m): tudo começou numa jogada de Bragança e que passou por Paulinho, Nuno Santos e uma assistência inteligente de Sarabia, em posição legal por 27 centímetros.

Arouca-Sporting: toda a reportagem do jogo

A equipa da casa sentia dificuldades para dar troco ao Sporting, mas lá se conseguiu esticar no terreno e quase empatou, a meio da etapa inicial, por Oday Dabbagh, que atirou para fora no frente a frente com Adán. Mais perto do intervalo, foi Abdoulaye a deslumbrar-se na cara do guarda-redes leonino.

Mesmo sem o ímpeto inicial, os verde e brancos eram mais incisivos sempre que visavam a baliza contrária, e não fosse Fernando Castro, que parou dois remates consecutivos de Sarabia, o campeão nacional podia ter ido para o intervalo bem mais tranquilo.

A uma primeira parte interessante seguiu-se um início de segunda parte diabólica, com Sarabia a perder o 2-0 na cara do guarda-redes do Arouca, Oday Dabbagh a empatar no lance seguinte após grande arrancada e cruzamento de Bukia (51m) e Nuno Santos a devolver a vantagem aos leões na resposta, num forte remate de pé esquerdo (54m). Tudo isto em apenas nove minutos. Uma barbaridade.

Porém, a partir daqui as coisas acalmaram, com o Sporting mais preocupado em segurar o jogo, perante um Arouca personalizado, que foi capaz de mudar o rumo do encontro, mas não o do resultado. Faltaram-lhe oportunidades, que se ficaram por dois remates à figura de Adán. Do outro lado, Coates ainda tentou uma bicicleta, mas ao Sporting valeu bem mais a reação rápida ao susto e os passos seguros que deu até final.

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