Belenenses-Benfica, 0-2 (crónica) - TVI

Belenenses-Benfica, 0-2 (crónica)

Confiança, deslumbramento, sentença e...recorde

Liderança isolada recuperada, diferença aumentada para um dos rivais na luta pelo título – no caso o Sporting – e recorde batido: o Benfica de Rui Vitória somou mais três pontos, frente ao Belenenses, e conseguiu no Restelo a 16ª vitória consecutiva fora de casa, para a Liga.

Está superado assim o registo conseguido também pelo Benfica, mas com Jimmy Hagan no comando, entre 1972 e 1973. Um brinde adicional para a equipa encarnada, que até podia ter sentenciado o jogo mais cedo, com um pouco mais de clarividência a dada altura, mas que acabou por construir um triunfo sólido e merecido.

Com um arranque confiante, dinânico e assertivo, elaborado pelo onze que tinha vencido em Kiev, o Benfica colocou-se em vantagem no Restelo logo aos dez minutos. Mitroglou já tinha ameaçado antes, de resto, mas à segunda tentativa a cabeça do grego puniu aquilo que o pé tinha perdoado, aproveitando um canto de Pizzi na direita.

O Belenenses teve de prescindir de algum conservadorismo inicial (e natural), mas o Benfica prescindiu também (conscientemente ou não) de gerir o jogo, que assim se partiu. A equipa de Rui Vitória assumiu alguns riscos nesta fase, mas teve inúmeras ocasiões para aumentar a vantagem ainda na primeira parte. Não o fez porque vertigem a mais trouxe clarividência a menos.

Ainda assim destaque para um remate de Cervi que desviou em Domingos Duarte e passou por cima (27m), e para um par de defesas de Joel Pereira, nomeadamente aquela que desviou um remate de Mitroglou para o poste (34m). Isto para mostrar que o Benfica nunca deixou de ser perigoso.

O Belenenses, do outro lado, não conseguiu tirar proveito desta vertigem, criando apenas uma ocasião de perigo em transição rápida, com um remate ao lado de André Sousa (43m). A melhor ocasião da equipa da casa surgiu de bola parada, com Yebda a aparecer solto na área após um pontapé de canto, mas para defesa de Ederson.

Menos vertigem, a mesma superioridade

Foi também de bola parada que o Belenenses criou a primeira ocasião do segundo tempo, com um promissor livre a um metro da área, e em posição frontal, mas André Sousa, em jeito, atirou por cima.

Mas com uma postura mais ponderada, embora aqui e ali a insistir em erros displicentes (agora mais a meio-campo), o Benfica assumiu o controlo do jogo, sem deixar de criar perigo na baliza contrária.

Joel Pereira ainda negou mais um golo a Mitroglou com uma espantosa defesa (59m), mas pouco depois Grimaldo apareceu na área do Belenenses para fazer o segundo golo visitante (65m), num lance que começa num roubo de bola de Luisão a meio-campo.

A trave negou depois o terceiro tento a Franco Cervi (70m), com o Belenenses a assustar Ederson apenas com um remate de Gerso (82m), que o guarda-redes brasileiro defendeu, e depois com um disparo de Tiago Caeiro ao lado (90m). Pouco para entrar na discussão do resultado.

Continue a ler esta notícia