P. Ferreira-Desp. Aves, 2-1 (crónica) - TVI

P. Ferreira-Desp. Aves, 2-1 (crónica)

  • Vítor Maia
  • Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
  • 20 set 2019, 22:45

Douglas abre o Tanque da vitória

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Guardiola nada tem que ver com o Paços de Ferreira-Desportivo das Aves. No entanto, permita-nos agarrar nas palavras do catalão há dois dias para falar do duelo entre os dois últimos da Liga. «As grandes equipas revelam-se nos momentos mais difíceis», disse.

Os castores andaram meia parte fora do seu habitat natural e acabaram por ter de roer - leia-se lutar - até mais não poderem para chegarem ao triunfo. O primeiro na Liga, diga-se.

O capítulo da primeira parte tem como personagem principal a equipa de Inácio. Confortável num 5-3-2, os avenses foram inteligentes e conduziram o jogo para onde queriam. Concederam a iniciativa aos pacenses e espreitaram o contra-ataque sempre que possível.

Ficha de jogo

Por sua vez, o conjunto de Pepa – estreia do técnico em casa – experimentou um 4-3-3 com Welthon a fugir constantemente da direita para o meio. A primeira grande situação de golo foi do Paços de Ferreira, mas Beunardeau impediu o autogolo de Luiz Fernando.

Imediatamente a seguir, o Desportivo das Aves chegou à vantagem. Mohammadi furou pela direita e entregou a bola a Welinton que fez estremecer os móveis da capital com um míssil ao ângulo da baliza de Ricardo (26m). 

O Paços sentiu, naturalmente, o golo sofrido. Os nervos surgiram dentro de campo e nas bancadas. A cada disparo ao lado, como o de Tanque (30m), ou a cada lance mal definido, como o de Welthon (34m), agarravam-se cabelos e unhas eram roídas. Faltavam ideias, rasgo e tranquilidade aos castores.

Quem aproveitou foi o Desportivo das Aves que só não chegou ao intervalo a vencer por 0-2 por culpa de Ricardo, que travou um livre de Welinton (43m).

O intervalo fez bem aos adeptos e à equipa do Paços de Ferreira. Os pacenses apresentaram-se melhores e desperdiçaram duas boas ocasiões para marcar. Douglas tardava em abrir o tanque, falhando o que parecia simples (50m e 53m).

No entanto, depois de tanto insistir, Douglas abriu o Tanque. O avançado brasileiro saltou mais alto que a defensiva contrária e desviou o canto de Pedrinho para o fundo da baliza de Beunardeau (59m).

O golo espelhava as melhorias do Paços de Ferreira, importa referir. O Desportivo das Aves tornou-se cada vez mais curto no campo e apenas chegava com perigo à frente através das arranques de Mohammadi ou de Welinton. Numa dessas ocasiões, o brasileiro esteve perto de devolver a vantagem aos avenses, mas permitiu o desarme a Marco Baixinho.

Por seu turno, o Paços de Ferreira manteve a ideia que trouxe do balneário e partiu para cima do adversário, acabando por encontrar a felicidade nos pés de Diaby. 

Aberto o tanque, o francês encheu-o de esperança até ao limite: o corte deficiente de Dzwigala deixou a bola nos pés do médio que, em queda, consumou a reviravolta. O Paços saiu, por fim, da última posição.

Os últimos minutos mostraram duas equipas nervosas e o espetáculo tornou-se feio. André Micael deixou os pacenses reduzidos a dez elementos, mas o triunfo ficou na Mata Real.

O Desportivo das Aves segura agora a lanterna vermelha, passada precisamente pelos castores.

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