O Benfica foi multado em 14 mil euros pelo comportamento dos adeptos no encontro de sábado na Mata Real, frente ao Paços de Ferreira.
Uma multa de 5585 euros foi aplicada pelos «33 elementos pirotécnicos» deflagrados no encontro, inclusive um petardo e uma tocha incandescente atirados em direção aos adeptos pacenses no final do encontro, agravada por reincidência.
O valor mais alto, 6650 euros deve-se ao arremesso de uma «tocha incandescente para o interior do relvado, sem atingir ninguém», no final do jogo, multa agravada por reincidência.
Foi ainda aplicada uma multa de 765 euros por comportamento incorreto do público quando os adeptos do Benfica «gritaram ‘Filho da P…’ dirigido ao guarda-redes visitado aos 36 minutos».
Nesse encontro, o Paços de Ferreira foi multado em 1148 euros por entrada e permanência de materiais pirotécnicos no estádio, e em 765 euros por comportamento incorreto dos adeptos que «gritaram em uníssono ‘Gatuno, Gatuno’ por oito vezes»-
Entretanto o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo disciplinar ao Benfica na sequência do comunicado emitido na segunda-feira pelos encarnados como justificação para a ausência da Gala Quinas de Ouro com a «inequívoca dualidade de critérios de justiça desportiva».
A decisão foi comunicada esta terça-feira, num comunicado em que o nome do clube não é referido: «Foi instaurado processo disciplinar, por deliberação da Secção, de 21 de março de 2017, a sociedade desportiva por comunicado publicado na sua página da internet. O processo foi enviado, hoje [terça-feira], à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mantendo-se em segredo até à acusação», pode ler-se.
O Benfica não marcou presença na Gala Quinas de Ouro e perto do início da cerimónia, os encarnados emitiram um comunicado no site oficial, dizendo que não marcariam presença na cerimónia em protesto com as recentes decisões da Federação Portuguesa de Futebol.
Entre os exemplos apontados, as águias recordam a celeridade nas decisões tomadas pelo organismo quanto aos processos que envolveram Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Rui Vitória.
O Benfica queixa-se de uma eventual dualidade de critérios quanto à rapidez com que estes processos foram desenrolados, pelo que não irão comparecer na cerimónia que visa distinguir os melhores do ano no desporto português.