Benfica-P. Ferreira, 3-0 (crónica) - TVI

Benfica-P. Ferreira, 3-0 (crónica)

Benfica-Paços de Ferreira (LUSA/ Mário Cruz)

Em voos mais altos à procura do equilíbrio

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A águia já voa mais alto, embora esteja ainda à procura do equilíbrio ideal. As quedas têm sido frequentes nos últimos tempos, mas a feridas parecem estar a ser curadas aos poucos. A águia parece mais saudável, mais madura, e por isso arrisca mais. Claro que isso implica também riscos maiores, pelo que o maior desafio é agora encontrar a altitude certa.
 
Mais importante do que o número de golos marcados, inferior ao dos jogos com Estoril e Belenenses, importa realçar a dinâmica ofensiva do Benfica, que na verdade parece francamente melhor. Jonas e Gaitán continuam a ser as grandes referências, mas Gonçalo Guedes já começa a entrar na sintonia do argentino e do brasileiro. O jovem avançado português contribuiu com um golo e duas assistências para a vitória sobre o Paços de Ferreira, dividindo o protagonismo com Jonas, que bisou (3-0).
 
O entendimento com Mitroglou é que tem sido mais difícil, e talvez por isso Rui Vitória tenha dado mais minutos a Raúl Jiménez. O técnico encarnado surpreendeu ao manter André Almeida no «onze», e o camisola 34 voltou a fazer uma exibição bem positiva.
 
Um adversário de louvar
 
Cedo a equipa de casa se lançou para a frente, e logo aos cinco minutos Marafona teve de mergulhar aos pés de Gonçalo Guedes para evitar dissabores. Mas cedo também se percebeu que o Paços de Ferreira não era equipa para ficar no autocarro. A equipa visitante respondeu no minuto seguinte com um remate de fora da área de Diogo Jota, que saiu ao lado.
 
A primeira parte foi de parada e resposta, embora com natural ascendente do Benfica na posse de bola. Marafona voltou a intervir ao minuto 16, para desviar um remate de Gaitán, e seis minutos depois um erro de Jardel quase que era aproveitado por Roniel.
 
E pelo meio ainda ficou uma grande penalidade por marcar a favor da equipa pacense, por causa de um desvio com a mão de Mitroglou, após livre de Christian (19m). Um toque subtil, dificíl de identificar sem recurso a repetições, mas que existiu mesmo.
 
O Paços dava o seu contributo para o espetáculo, abrilhantado depois por um momento genial de Jonas. Um golo fantástico, ao minuto 34, a dar vantagem ao Benfica. Um remate de pé esquerdo que fez a bola voar sobre Marafona antes de entrar quase ao ângulo superior esquerdo da baliza.
 
Personalizado, competente, o Paços respondeu de imediato. Jota fugiu pelo lado esquerdo e entrou na área com perigo, mas o remate de trivela saiu ao lado (37m). Recuperado o fôlego da curiosa perseguição a Jota, neste lance, Jonas decidiu criar mais um susto a Marafona do lado contrário. O brasileiro voltou a rematar de fora da área com o pé esquerdo, agora em força, e a bola não passou muito longe do poste (39m).
 
Guedes começa a acompanhar Gaitán e Jonas
 
No segundo tempo o Benfica não foi tão impulsivo no ataque, sobretudo numa fase inicial, mas por outro lado também mostrou-se mais equilibrado. Foi preciso esperar pelo minuto 60 para ver uma ocasiao de perigo, com Jonas a isolar Mitroglou mas este a permitir a defesa de Marafona.
 
O Paços foi menos perigoso na etapa complementar, pese embora o remate enrolado de Romeu na sequência (64m). É que logo a seguir também apareceu o segundo golo encarnado, a sentenciar o encontro: Gaitán descobriu Guedes na marca de penálti e o jovem avançado estreou-se a marcar pela equipa principal (67m).
 
 
Guedes acabaria por estar associado também ao terceiro golo do Benfica, fazendo nova assistência para Jonas (74m), que somou o sétimo golo da temporada.
 
Luisão ainda atirou ao poste nos instantes finais, mas estava mais do que garantido novo triunfo do Benfica, que na Luz voa bem. 
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