Benfica-Paços de Ferreira, 5-0 (crónica) - TVI

Benfica-Paços de Ferreira, 5-0 (crónica)

Águia de mão cheia

Ouro sobre azul. Depois da retumbante vitória na Supertaça, o Benfica entrou no campeonato a ganhar três pontos ao FC Porto com mais uma exibição de gala frente ao Paços de Ferreira na Luz e com mais uma mão cheia de golos. Bruno Lage tinha avisado que, desta vez, não podiam dar avanço aos rivais e a verdade é que a equipa saiu na frente e já em vantagem sobre o maior adversário. Nuno Tavares brilhou mais alto do que todos, abrindo caminho para a vitória com um golo de levantar o estádio e uma exibição perfeita que incluiu ainda a participação direta em mais três golos.

Confira a FICHA DO JOGO

Com Samaris a ocupar a vaga deixada em aberto por Gabriel, os homens de Bruno Lage entraram no jogo a todo o gás, procurando abrir as vias mais rápidas para a baliza de Ricardo Ribeiro. O Paços até entrou em campo de forma organizada, coesa e solidária, fechando-se bem a defender e desdobrando-se com relativa facilidade até à área do Benfica, mas foi apenas uma questão de tempo.

Raul de Tomás e Seferovic esticavam o jogo para a frente, alargavam-no para as alas e o Paços não resistiu a tantas movimentações e acabou mesmo por romper. Grimaldo, na sequência de um pontapé de canto curto, deu o primeiro sinal, com um remate que passou a rasar a barra. mas foi Nuno Tavares que, de forma surpreendente, derrubou a barreira amarela e levantou o estádio. O lateral recebeu uma bola com espaço, sobre a direita, fora da área e rematou em arco, levando a bola a entrar junto ao segundo poste.

O mais difícil parecia feito. O caminho estava aberto e logo a seguir Pizzi aumentou a vantagem na transformação de uma grande penalidade a punir um corte com o braço de Bruno Santos. O jogo já tinha nesta altura sentido único e os adeptos já faziam apostas sobre o volume do resultado final, mas a verdade é que o Benfica levantou o pé na ponta final e permitiu que o Paços voltasse a entrar no jogo. Douglas Tanque chegou, inclusive, a colocara a bola na baliza de Vlachodimos, mas tinha partido de posição irregular e não valeu.

Chiquinho trouxe ainda amais energia

A segunda parte arrancou com chuva e com Benfica outra vez determinado em mandar no jogo. Começou com uma tremenda ovação a Pizzi depois do capitão fazer um túnel a Luiz Carlos. Prosseguiu depois com uma arrancada de Samaris que quebrou a linha defensiva do Paços, invadiu a área e atirou à figura de Ricardo Ribeiro. O Paços procurava fechar-se com duas linhas de quatro bem juntas, mas sempre que o Benfica acelerava, encontrava espaços.

Foi assim quando Pizzi surgiu solto na esquerda e cruzou em arco para o segundo poste. As bancadas ficaram em suspense no remate de Seferovic, mas o suíço não acertou bem na bola. Logo a seguir Bernardo viu um segundo amarelo e o Paços ficou reduzido a dez. Estava aberto o caminho para a goleada.

O Paços já não estava interessado em discutir o jogo, apenas em estancar o resultado, mas nem isso conseguiu. Numa triangulação entre Nuno Tavares, Chiquinho [tinha acabado de entrar] e Seferovic, o suíço chegou finalmente ao golo que perseguia desde a Supertaça e festejou de dedo no gatilho. Bola ao centro e novo golo, quase com os mesmos protagonistas. Mais uma boa combinação entre Nuno Tavares e Chiquinho, desta vez com finalização de Pizzi que colocou a bola no buraco na agulha e saltou para o comando dos melhores marcadores da inaugurada Liga.

Bruno Lage já tinha lançado Chiquinho e, com o resultado em 4-0, lançou ainda Jota e Vinicius para a ponta final e foi o brasileiro que fixou o resultado final em 5-0, com mais uma assistência de Nuno Tavares, definitivamente o homem do jogo. Dois jogos oficiais, dez golos marcados. Quem para este Benfica?

 

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