Marítimo-P. Ferreira, 0-2 (crónica) - TVI

Marítimo-P. Ferreira, 0-2 (crónica)

  • 24 out 2015, 18:41

Em duelo entre equipas com aspirações europeias, pacenses mostraram estar mais fortes nesta fase da época

Relacionados
*por Tomás Faustino

O Paços foi até à Madeira confirmar o seu bom momento de forma, derrotando o Marítimo, que ainda não tinha perdido em casa neste campeonato.

Ambas as equipas entraram com dinâmica no jogo e mostraram que queriam ganhar os três pontos, trocando a bola com segurança e procurando levá-la com rapidez ao ataque. Fransérgio, com um passe a rasgar a defesa pacense, obrigou Marafona a rápida saída dos postes para compensar momentânea desatenção dos seus companheiros. Na resposta, e em contra-ataque, Bruno Moreira aparece na cara de Salin, mas demora a rematar e quando o faz permite a defesa do francês. O jogo estava aberto e o golo não se fez esperar: cruzamento da direita do ataque pacense para o segundo poste, onde Diogo Jota, solto de marcação, cabeceia para apertada intervenção de Salin, para o lado, onde aparece Barnes Osei a encostar para o fundo das redes.

O golo abalou um pouco a equipa da casa, que ia tentando reagir mais com o coração do que com a cabeça. O Paços tinha a sua estratégia bem montada e, assente numa forte solidez defensiva, ia trocando a bola com qualidade. Sem espaço, os madeirenses iam tentando a sua sorte de meia-distância e foi assim que Fransérgio, já sobre o intervalo, proporcionou uma grande defesa a Marafona. Tempo houve ainda para Marega falhar na cara de Marafona e, Rúben Ferreira, na recarga, permitir o mesmo ao aspirante a internacional português.

A vantagem mínima ao intervalo aceitava-se, mas parecia castigar em demasia os madeirenses, sobretudo pela reacção que mostrou nos últimos minutos, nos quais brilhou Marafona.

Insatisfeito, Ivo Vieira fez dupla substituição ao intervalo. Patrick rendeu Rúben, lesionado, e o apagado Ghazaryan deu lugar a Xavier. Mas a verdade é que a equipa nem teve tempo para se ajustar a qualquer alteração, ainda nem três minutos estavam decorridos e numa jogada de belo envolvimento atacante pacense, Diogo Jota apareceu na cara de Salin e teve a frieza necessária para finalizar. Pouco depois, o mesmo Jota esteve perto de fazer o terceiro, mas o poste impediu os seus intentos. Os forasteiros vieram do intervalo decididos a resolver cedo a partida e tudo estava a correr como planeado.

Daí para a frente, o Paços descurou um pouco a iniciativa atacante que evidenciava e consentiu o domínio do jogo ao Marítimo. Os verde-rubros tiveram mais bola, ainda rondaram o golo, mas os pacenses estavam concentrados e determinados demais para permitir o que quer que fosse à equipa da casa. Nas vezes em que a qualidade maritimista veio ao de cima, Marafona foi o escudeiro máximo das redes e impediu qualquer festejo à equipa da casa.

Uma vitória que vinca os pacenses como fortes candidatos a um lugar europeu e que evidencia alguns problemas prementes na equipa verde-rubra, que têm que ser resolvidos o quanto antes, para que a equipa concretize os seus objectivos.
Continue a ler esta notícia

Relacionados