Marítimo-P. Ferreira, 2-0 (crónica) - TVI

Marítimo-P. Ferreira, 2-0 (crónica)

Caldeirão voltou a ferver

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Chegar, ver e vencer. Assim se resume a estreia de Vasco Seabra no comando do Marítimo, que este domingo regressou finalmente às vitórias depois de dez jogos sem vencer para o campeonato.

O triunfo por 2-0 alcançado frente ao Paços de Ferreira, no Estádio dos Barreiros, onde os madeirenses não jogavam desde a terceira jornada, tirou a equipa dos lugares de descida, o significou também o primeiro jogo ganho em casa quando estão disputadas 12 jornadas da I Liga de futebol.

Como esperado, Vasco Seabra operou várias mudanças na equipa base do Marítimo, com destaque a titularidade de Matheus Costa, no eixo defensivo, e de Rafik Guitane, no apoio ao ataque. Do lado do Paços, Jorge Simão, fez regressar o médio Eustáquio. 

Num duelo entre equipas que não venciam desde agosto, perspetivava-se algum equilíbrio, e a primeira parte mostrou isso mesmo, com pacenses e madeirenses a alternarem no domínio das operações, mas sem conseguirem criar verdadeiras ocasiões de golo.     

O Paços entrou melhor na partida, com Eustáquio a assinar dois remates fora da área que testaram a segurança de Paulo Victor, aos quatro e sete minutos, mas depois foi a vez do Marítimo assumir as despesas do jogo e criar alguns sobressaltos na área pacense, mas sem conseguir atirar à baliza.   

O único remate dos madeirenses na primeira parte foi assinado por Edgar Costa, aos 33 minutos, perto da entrada da grande área, mas André Ferreira agarrou sem problemas. 

Se o Marítimo procurou quase sempre construção pensada e com muita posse de bola, o Paços privilegiou as transições rápidas. Mas os esquemas táticos de ambos os técnicos não deram muitos espaços aos ataques ao longo da etapa inicial. 

Até ao intervalo, nota para um remate acrobático de João Pedro Silva que levou a bola a sair ao lado do poste esquerdo de Paulo Victor, e um remate à figura de Flávio Ramos, que surgiu com espaço e tempo para fazer melhor ante o guardião dos madeirenses.

Das cabines regressaram os mesmos onzes, e no primeiro grande lance de desequilíbrio da partida, o Marítimo ganhou vantagem no marcador. Um passe longo de Edgar Costa para as costas da defesa pacense vai ter com Joel Tagueu, que recebe bem a bola e não desperdiça na cara de André Ferreira. 

Em desvantagem, o Paços foi com tudo para cima do Marítimo. Os madeirenses passaram por muitas dificuldades em alguns momentos, mas a tremedeira não comprometeu a vantagem. Entre os 54 e os 72 minutos, a equipa de Jorge Simão criou um punhado de boas ocasiões para lograr o empate, mas faltou discernimento na hora da finalização, com destaque para duas perdidas de João Pedro Silva. 

Perante tamanha falta de eficácia já se adivinhava a concretização do velho ditado do futebol, aquele que diz que quem tanto falha acaba sempre por sofrer. Aos 78 minutos, Beltrame foi chamado a cobrar um livre a cerca de 30 metros da baliza e fê-lo sem hipóteses para André Ferreira. Um golaço que levantou o Caldeirão e que merece ser revisto até cansar a vista. 

Os minutos finais revelaram muita luta, mas já com os ‘castores’ algo resignados quanto ao desfecho do resultado, que os ‘leões das ilhas’ souberam gerir com tranquilidade até ao último apito do árbitro Cláudio Pereira, da AF Aveiro.  

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