Marítimo-Paços de Ferreira, 3-0 (crónica) - TVI

Marítimo-Paços de Ferreira, 3-0 (crónica)

Fim da seca de triunfos foi para o Marítimo

A insatisfação de José Gomes, que na antevisão ao jogo havia lamentado ainda não ter visto um jogo completo por parte do Marítimo, teve este domingo uma resposta clara dos seus jogadores, e à custa de um Paços de Ferreira que, apesar de se ter batido bem, acabou por revelar muitas insuficiências.

A derrota deixa os castores numa situação periclitante em termos de tabela classificativa, com apenas mais um ponto do que o Portimonense, primeiro abaixo da linha de água, e com quatro desaires seguidos. Já para os leões das ilhas, este triunfo não significou um grande salto na classificação, mas deixou a equipa nove pontos acima da zona de despromoção.

Insulares e nortenhos vinham de cinco jogos sem vencer, e talvez por isso o duelo arrancou com alguma ansiedade de parte a parte, com muitas perdas de bola e pouco critério na construção. E foi em cima de ofertas que surgiram as melhores oportunidades e com melhor aproveitamento para o Marítimo.

FILME, FICHA DE JOGO E GOLOS EM VÍDEO

Depois de aos 17 minutos Marcelo ter cortado o esférico de forma deficiente e de o deixar à mercê de Xadas, que só não marcou porque o central pacense conseguiu redimir-se do erro, os verde-rubros abriram o marcador, quatro minutos depois, com um golo de belo efeito de Zainadine.

Nanu cruzou com perigo desde a direita e Diaby cortou para a entrada da área, onde o central Zainadine, de forma acrobática, atirou sem hipóteses para Ricardo Ribeiro.

O Paços reagiu aos 34m, com Diaby a cruzar para uma área sobrepovoada e a bola acaba por sobrar para Tanque, mas este atirou por cima da trave mesmo em frente à baliza.

Dois minutos depois, o jogo teve de ser interrompido, para ser prestada assistência a Maracás, que ficou estentido no relvado após um choque com Bebeto. Tudo não passou de um susto, mas o jogo acabou por ir algo quezilento para o intervalo, embora com o Paços mais atrevido no ataque, mas os poucos lances criados, todos de bola parada, redundaram em nada.

Logo no primeiro lance após o regresso do descanso, Rodrigo Pinho marcou, mas o golo acabou por ser invalidado, já que Manuel Mota, com a ajuda do VAR, considerou que o avançado verde-rubro empurrou Marcelo para ganhar espaço para o cabeceamento.

O Paços entrou com tudo para chegar à igualdade, pressionando alto, mas abriu espaços na retaguarda. O Marítimo chegou a passar por algumas dificuldades, mas ficou com uma autoestrada para as transições rápidas.

Depois de Maeda desperdiçar uma aos 53m, Nanu não perdoou no minuto seguinte, para fazer o 2-0. O extremo verde-rubro recebeu o esférico em linha, a passe de Rúben Ferreira.

Pepa, que já havia lançado Eustáquio a jogo, por troca com Diaby, mexeu logo de seguida, reforçando o ataque e meio campo ofensivo com as entradas de Murilo e Adriano.

A equipa da capital do Móvel continuou a pressionar e esteve perto do 2-1, que foi negado por Amir, aos 67m, com uma enorme defesa para desviar um belo remate de Adriano.

O tudo ou nada dos castores prosseguiu mas sem desestabilizar a concentração insular, que soube aguentar e esperar para criar o momento certo para matar o jogo. Surgiu a três minutos dos 90, e foi concluído com o ‘bis’ de Nanu, que finalizou em plena área um cruzamento de Franck Bambock, desde a direita. Partida sentenciada, três pontos para a equipa mais esclarecida e eficaz em campo.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos