P. Ferreira-FC Porto, 3-2 (crónica) - TVI

P. Ferreira-FC Porto, 3-2 (crónica)

  • Vítor Maia
  • Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
  • 30 out 2020, 22:41

Castores banalizam o campeão

A melhor notícia para o FC Porto foi ter perdido por 3-2 frente ao Paços de Ferreira, na Mata Real. Sim, leu bem caro leitor. Os campeões nacionais foram totalmente vulgarizados pelos castores que mereceram, indiscutivelmente, a vitória. 

Os pacenses não precisaram de muito tempo para infligir deixar o dragão dorido. De resto, tudo saiu mal aos azuis e brancos: Leite errou o passe, Corona isolou Dor Jan depois de desarmar Singh. Má sorte? Falta referir que Marchesín ainda travou o primeiro pontapé do israelita antes deste marcar.

É justo escrever que o FC Porto teve uma reação forte. Logo no minuto seguinte, Evanilson desperdiçou na cara de Jordi e pouco depois, Grujic errou o alvo por pouco num golpe de cabeça. Adivinha-se, por assim dizer, o golo portista. E ele esteve tão perto de acontecer, mas o ferro da baliza impediu o livre perfeito de Sérgio Oliveira.

O empate seria o mais justo até aos 23 minutos. Porém, quem acabou por marcar foi o Paços de Ferreira. Mas vamos por partes. Os castores tiveram uma ocasião soberana por Singh – incrível a forma como fugiu a Mbemba - antes do disparo ao lado na cara de Marchesín. Depois, o sul-africano redimiu-se e fez o 2-0. Todavia, o VAR conseguiu descobrir uma falta de Dor Jan sobre Mbemba e invalidou o lance.

O 2-0 não chegou aos 37 minutos, chegou volvidos seis minutos. Eustáquio recuperou a bola ainda no meio-campo defensivo, lançou Hélder Ferreira e apareceu à entrada da área para marcar com um pontapé na passada. 

Enfim, um carrossel de emoções do qual os dragões saíram com uma dor tremenda. No último minuto dos seis minutos de desconto da primeira parte, Eustáquio colocou a mão na bola e Nuno Almeida assinalou grande penalidade. 2-1 por Sérgio Oliveira.

Conceição mudou ao intervalo: Grujic e Uribe já não regressaram. Nakajima e Díaz acrescentaram poder de fogo no ataque. É verdade que o FC Porto pareceu entrar melhor, mas rapidamente o Paços de Ferreira voltou a ter ascendente.

Depois de Marchesín ter negado com os pés o golo a Baixinho, Marega usou o braço na área para cortar um cruzamento de Oleg. Bruno Costa fez o 3-1, marcou à ex-equipa e acabou a pedir desculpa. Com o campeão nacional quase no tapete, Eustáquio acertou em cheio na trave – ficou pertíssimo de um golaço.

Ainda faltavam cerca de 25 minutos pelo que Conceição lançou Felipe Anderson e Taremi. Os dragões jogaram de forma desgarrada, enfim, usaram o coração de campeão. Acabaram por reduzir num pontapé indefensável de Otávio, mas não evitaram a derrota.

Pelo meio, o Paços espreitou o quarto golo, mas Marchesín evitou o escândalo ao travar os pontapés de Bruno Costa e João Pedro. 
 

O FC Porto deixa a Mata Real, terreno historicamente hostil, com a possibilidade de ver o Benfica descolar ainda mais no topo e ficar com oito pontos de vantagem. Conceição, que foi expulso após o apito final,  avisou que era dos jogos mais difíceis e certamente não queria ter razão.   

 

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