P. Ferreira-Rio Ave, 0-0 (crónica) - TVI

P. Ferreira-Rio Ave, 0-0 (crónica)

  • Vítor Maia
  • Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
  • 25 out 2019, 22:29
Paços-Rio Ave (Lusa)

Mataram-se saudades, mas faltaram golos

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Quem não tinha saudades?

Um mês depois, voltamos a ter Liga. Pode soar a absurdo, mas é verdade. Incompreensivelmente não se jogava qualquer jogo para o campeonato desde o final de setembro. Pese embora tenha terminado sem golos, o Paços de Ferreira-Rio Ave matou algumas das saudades e deixou água na boca para o resto.

O jogo foi rico em oportunidades, em boas jogadas ofensivas e em emoção. Foi, por isso, entretido. Apenas faltaram os golos, naturalmente.

Ainda que estejam no penúltimo lugar, os pacenses fugiram à tentação de fazer o mais fácil: segurar o ponto. Foram corajosos, é necessário sublinhar, superiorizaram-se em largos períodos ao adversário e assinaram a melhor exibição da temporada.

Por sua vez, os vila-condenses estiveram aquém embora tenham criado três situações que lhe poderiam ter dado o triunfo.

FICHA E FILME DO JOGO

Os castores entraram com fome de pontos e apertaram muito o Rio Ave. Logo aos três minutos, Welthon desviou por cima na área um cruzamento de Bruno Santos. Volvidos quatro minutos, o brasileiro desarmou Borevkovic na área, mas atirou para a bancada.

O emblema de Vila do Conde precisou de vinte e cinco minutos para entrar no jogo e saber lidar com a pressão alta e intensa do adversário. Até lá, a equipa de Carvalhal passou por alguns calafrios. Hélder Ferreira ficou a centímetros  de marcar pelo segundo jogo consecutivo após um «nó cego» em Aderllan (10m).

Abre-se um parágrafo, com a permissão do leitor, para Medhi Taremi. Sem fazer um jogo brilhante, o internacional iraniano teve dois ou três pormenores de classe que permitiram ao Rio Ave chegar perto da baliza de Ricardo Ribeiro. O avançado ganhou espaço nas costas da defesa pacense, foi altruísta e ofereceu o golo a Bruno Moreira que acertou em Bruno Santos (26m). Mais tarde, Taremi isolou Diego Lopes, valendo Marco Baixinho a evitar o 0-1 (36m).

Pelo meio o Paços de Ferreira ameaçou num jogada de laboratório: Welthon fugiu da pequena área, amorteceu o canto de Teles para Pedrinho que atirou perto da baliza de Kieszek (33m). Caso o conjunto de Pepa tivesse chegado em vantagem ao intervalo, não se podia escrever que seria de todo injusto.

A segunda metade foi jogada a um ritmo diferente. O Rio Ave teve o mérito e a capacidade de gerir melhor o encontro, retirando o ímpeto ao Paços de Ferreira. Os vila-condenses trabalharam melhor a bola, ainda que só tenham criado uma grande situação para marcar.

A história da segunda metade começa a ser contada a partir da meia hora final. Após duas intervenções do VAR em cada uma das áreas, o jogo partiu-se com uma oportunidade flagrante de Nuno Santos. Mané lançou o colega em velocidade, este driblou Ricardo e caiu. Tiago Martins e o Rui Oliveira (VAR), mais uma vez, consideraram não haver razão para penálti.

A derradeira oportunidade pertenceu a Douglas Tanque, mas a mira não se mostrou estar calibrada e dividiram-se os pontos.

Mataram-se saudades, mas faltaram golos.

 

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