P. Ferreira-Sporting, 1-2 (crónica) - TVI

P. Ferreira-Sporting, 1-2 (crónica)

Castigo para o quarto

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O Sporting suou, mas arrumou a gaveta da vitória na Capital do Móvel. O castigo máximo convertido por Bruno Fernandes estancou o Tanque dos castores e devolveu ao leão o quarto em Paços de Ferreira, após Luiz Phellype ter aberto a porta dos três pontos num regresso onde já foi feliz de amarelo.

Terceira vitória em três jornadas para Silas, a valerem o regresso ao posto perdido por 24 horas para o V. Guimarães. E aproximação ao FC Porto, o único do trio da frente que não ganhou.

A vitória do leão cedo começou a ser desenhada na casa dos castores, bem composta nas bancadas e com alicerces mais visíveis da ideia de jogo de Silas para o seu leão. Mais na primeira parte.

Disso foi exemplo a entrada ofensiva. Decidida. A construção com posse de bola sustentada, aliada a uma linha defensiva subida, a hipotecar intenções iniciais dos homens de Pepa, valeu o aperitivo ao minuto três. Só André Micael negou um golo certo a Luiz Phellype, na sobra a um remate de Bruno Fernandes defendido por Ricardo Ribeiro que, na origem do lance, pontapeou mal a bola.

À segunda, Luiz Phellype não vacilou e desviou um cruzamento milimétrico de Bruno Fernandes ao minuto 11.

O ex-Paços, novidade a par do estreante Ristovski esta época, foi mesmo a referência maior na conclusão dos lances. Esteve perto do golo mais duas vezes na primeira parte.

Mais Sporting do que Paços, que só teve melhorias perto do descanso e após a troca de flancos de Hélder Ferreira com Murilo, com o português na esquerda. Ideias com maior vinco, mas pouco fruto. Maior sinal amarelo só quando Welthon beneficiou de um remate intercetado de Mathieu, que lançou uma corrida inglória contra o mundo.

Paços Ferreira-Sporting: toda a reportagem do jogo

O descanso foi despertar suficiente para um Paços que, a abrir a segunda parte, fez mais do que em toda a primeira: valeu Renan a negar o 1-1 após lance exemplar de Bruno Santos (47m).

Se o Sporting foi pleno de argumentos até ao descanso, ao tapar tudo por Doumbia e Eduardo ao meio e a criar constantes desequilíbrios entre Bruno, Vietto e Jesé com o apoio ofensivo de Acuña e Ristovski, a segunda parte teve equilíbrio de forças e o jogo abriu com naturalidade.

Abriu e ficou quezilento quanto-baste, com Rui Costa a mostrar cinco cartões amarelos em nove minutos: dos 60 aos 69. Seriam 12 ao todo, dez no segundo tempo.

A sentir a resposta ofensiva da equipa, Pepa lançou Douglas Tanque primeiro e depois Uilton: declaração de intenções pelo empate.

Por outro lado, a curta vantagem era um risco: o Sporting foi disfarçando a falta de ocasiões e a incapacidade matar o jogo, por exemplo num remate de Ristovski (62’), ao ter calma e coesão com bola.

O Paços nada queria com isso e acentuou a agressividade positiva em campo e o perigo nas transições face ao espaço deixado atrás pelo Sporting: Douglas Tanque deu o primeiro aviso num remate do meio da rua e empatou mesmo ao minuto 74, a canto de Bruno Teles, sequência de um lance em que o Paços até tinha protestado falta sobre Bruno Santos.

Valeu por fim, a um leão tremido, a asneira de Luiz Carlos na área, cinco minutos depois. O médio do Paços desviou com o braço um livre de Bruno Fernandes e o capitão não desperdiçou o penálti. Castigo positivo para o quarto do leão, severo para a melhoria do Paços após o intervalo e pelo aperto até ao último suspiro.

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