Sp. Braga-P. Ferreira, 0-1 (crónica) - TVI

Sp. Braga-P. Ferreira, 0-1 (crónica)

Colheita europeia quebrada num Tanque de emoções

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Entre a colheita europeia, cenário pintado de negro na Liga.

Depois da derrota na Vila das Aves, o Sp. Braga não respondeu da melhor forma ao primeiro lugar na fase de grupos da Liga Europa e o regresso ao Minho assinalou a segunda derrota consecutiva no campeonato. Ambas foram contra… os dois últimos classificados.

Agora, foi o Paços de Ferreira a alimentar a pontuação às custas da equipa de Ricardo Sá Pinto, sempre mais perigosa e dominadora, porém ineficaz. Isso ou então, pela frente, uma defensiva e um Ricardo Ribeiro a tapar a baliza dos castores.

A sexta derrota do Sp. Braga na Liga começou a desenhar-se aos 38 minutos, no único remate do Paços à baliza na primeira parte e também no lance mais discutível do jogo. Os arsenalistas ficaram a pedir, com a legitimidade permitida, uma falta de Jorge Silva sobre Galeno e, em simultâneo, Pedrinho lançou o contra-ataque para Luiz Carlos servir Douglas Tanque, que abriu o marcador com um remate certeiro na cara de Tiago Sá.

O marcador, nesse momento, era um total contraste com a produção das duas equipas, sobretudo nos primeiros 20 minutos.

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Os bracarenses cedo engataram o ritmo intenso e vencedor da Eslováquia e, com meia dúzia de mudanças no onze inicial, ficaram à porta do golo por três vezes. À porta, porque Ricardo Ribeiro agigantou-se, em dois minutos, às tentativas de João Novais, Ricardo Horta e Paulinho.

O susto inicial passava para o Paços. Ou melhor, abrandava. O Sp. Braga continuava a insistir e só faltou mesmo o golo até metade do primeiro período, no qual praticamente só se jogou em meio campo.

O Paços respirou e, aos poucos, conseguiu soltar-se e equilibrar, mas sem grande perigo até perto do intervalo. Douglas Tanque já tinha dado um primeiro aviso após jogada de Murilo e, logo a seguir, fez imperar a eficácia. Fábio Veríssimo ouviu o vídeo-árbitro e validou o golo dos castores, perante um incrédulo Sp. Braga.

A segunda parte trouxe um Sp. Braga novamente ofensivo, mas mais trapalhão na conclusão. O Paços congelou o jogo de acordo com as suas intenções e Sá Pinto, impaciente, espevitou o ataque com Wilson e Rui Fonte, tirando André Horta e Galeno.

Mas isto não estava para o Sp. Braga.

Exemplos disso? Vários, no último quarto de hora, o do desespero e da busca total. Ricardo Horta viu um remate com selo de golo bater em Rui Fonte e sair (77m). Depois, Ricardo Ribeiro voltou a exibir-se com duas enormes defesas: uma a remate de Wilson (80m) e outra a cabeceamento de Palhinha (86m) que não teve recarga. Entre isso, os minhotos pediram, em vão, uma alegada mão de Diaby para penálti.

Além do homem que deu cor ao marcador, o jogo foi um tanque de emoções dentro e fora do campo a quebrar a senda europeia: depois de um início prometedor e a animar as bancadas, o Sp. Braga viu crescer a ansiedade pela necessidade de reverter o resultado. Após um empate e quatro derrotas nos jogos a seguir às competições europeias, é o primeiro desaire após as jornadas da fase de grupos.

O Paços vence pela primeira vez fora na Liga, em Braga seis anos e meio depois da última vez e fica a um ponto da zona que os mais aflitos desejam. O Sp. Braga falha o possível assalto ao quinto lugar.

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