Marítimo-Benfica, 1-2 (crónica) - TVI

Marítimo-Benfica, 1-2 (crónica)

Marítimo-Benfica

Regresso às vitórias com cambalhota no Caldeirão

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O Benfica regressou às vitórias na Liga, às custas de um Marítimo que somou o quinto jogo sem vencer na prova e caiu para zona de despromoção.

Os madeirenses abriram o  marcador, por Rodrigo Pinho, mas acabaram por claudicar ante o maior poderio ofensivo dos encarnados, materializado pelos golos de Pizzi e Everton.

Como esperado, a turma lisboeta, que vinha de duas derrotas na Liga, entrou a querer sufocar o Marítimo. René Santos, primeiro, tirou o ‘pão da boca’ a Waldschmidt, e depois Charles, com saídas atentas, manteve o perigo longe das suas redes. O guardião dos madeirenses ainda apanhou um valente susto, quando aos 11 minutos, um remate de Éverton, desferido perto da quina da grande área do lado esquerdo do ataque encarnado, levou o esférico a beijar, por cima, a trave da baliza insular.

Mas o golo acabaria por surgir na baliza contrária.

Sob pressão, o Marítimo afastou a bola para o meio-campo ofensivo, onde estava Otamendi. O central, junto à linha lateral do lado esquerdo, opta por atrasar para Vlachodimos, mas o passe sai muito curto e fica à mercê de Rodrigo Pinho, que aproveita para encarar o guarda-redes encarnado e picar-lhe a bola por cima. Uma finalização de qualidade depois de um erro crasso do central argentino.

A equipa de Jorge Jesus tardou em reagir, embora por culpa de algumas paragens no jogo para assistência a jogadores de ambas as equipas, mas acabou por empatar à passagem do minuto 32. Uma combinação bem desenhada entre Everton e Grimaldo, no lado esquerdo, culminou com o espanhol a cruzar atrasado para Pizzi, que dominou na grande área e atirou sem hipóteses para Charles.

Reposta a igualdade, a turma encarnada manteve o pé acelerador em busca da vantagem, mas o bloco baixo dos verde-rubros foi afastando o perigo. E quando a não era o ‘muro’ a resolver, entrava em cena Charles, que até ao 40 minutos foi chamado a sair dos postes para afastar o perigo.

O Marítimo, que jogava na expectativa do erro adversário, aproveitou uma desatenção coletiva aos 42 para lançar uma transição pela esquerda, onde Joel cruzou para Lucas Áfrico, mas o cabeceamento do central brasileiro, ao segundo poste, saiu muito ao lado.

Só deu Benfica até ao intervalo, mas faltou eficácia em zona de finalização, com destaque para um remate de Waldschmidt, já perto da pequena área, que foi embater em Leo Andrade, para desânimo do avançado germânico.

As águias foram para o descanso a dominar em todos os capítulos do jogo, em especial a posse de bola, mas também a mostrar muitas dificuldades para decidir com critério no último terço, onde defendia um Marítimo coeso, solidário e também muito concentrado nas marcações individuais e à zona.

Mas faltou concentração aos madeirenses no regresso das cabines. Ao minuto 51, na sequência de falta cobrada a meio campo, descaída para o lado direito, a bola é circulada com rapidez pelos homens do Benfica. Waldschmidt tocou para Seferovic, e o suíço, quase sem olhar, lançou Everton, que vindo o lado esquerdo, entra na área, tira Winck do caminho e atira para o fundo da baliza, sem hipóteses para o compatriota Charles. A defesa da casa ficou a ver jogar.

Em vantagem pela primeira vez, os encarnados abrandaram um pouco o ritmo, procurando um futebol mais apoiado para conseguir chegar à grande área insular, e também para aproveitar os espaços que o Marítimo eventualmente teria de conceder, por força da subida das suas linhas em busca do empate.

Tais pressupostos não se confirmaram: o Benfica não deixou de atacar, mas não o fez com a agressividade evidenciada quando no primeiro tempo e início da segunda parte. O perigo rondou mais vezes a área dos madeirenses, mas sem intensidade, os lances foram sendo resolvidos pela defesa da casa.

O Marítimo procurou a igualdade, mas sem arriscar em demasia, ficou sempre muito longe do objetivo.

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