Vitória importante do Desp. Chaves em Moreira de Cónegos. Um golo de Maras valeu aos flavienses os três pontos que lhes permite, ainda, sonhar com a permanência. Um triunfo suado, sem brilho, mas com mérito, perante uma apática formação do Moreirense. Estão a três pontos do Tondela, a primeira equipa acima da linha de água.
A equipa de Ivo Vieira não aproveitou o deslize caseiro do Vitória de Guimarães e deixou fugir uma excelente oportunidade de cavar um fosso para os mais diretos perseguidores. A última derrota dos cónegos havia sido na receção ao Benfica. Mérito dos comandados de José Mota que souberam adormecer o adversário e desferir o golpe fatal no momento certo.
As duas equipas chegavam a este jogo com estados de espírito completamente opostos. O Moreirense procura ocupar uma vaga na Europa e podia, para isso, aproveitar a derrota do Vitória de Guimarães em casa frente ao desportivo das Aves.
Já o Desp. Chaves precisa de pontos como de pão para a boca e o triunfo do Tondela deixava os flavienses a seis pontos da salvação.
Por isso, esperava-se uma primeira parte melhor, com as duas equipas à procura do golo. Mas o que se viu foi um jogo morno – numa tarde muito quente -, mastigado e sem ideias.
O primeiro remate enquadrado com a baliza surgiu apenas ao quarto de hora, para os locais. Jogava-se muito a meio campo, trocava-se muito a bola no setor defensivo, porém havia muita dificuldade em chegar ao ataque.
A equipa de José Mota apostava quase sempre nos ataques pela esquerda, aproveitando a velocidade de Djavan e de Niltinho. E foi de lá que saiu o lance com mais perigo da primeira etapa.
William teve nos pés o primeiro golo, contudo o remate saiu torto. Ivo Vieira não estava a gostar da prestação da equipa, que tinha sempre muita pressa em chegar à baliza contrária.
O nulo ao intervalo assentava bem ao que se passou nos primeiros 45 minutos.
Lucas substituiu Ibrahima ao intervalo. O técnico dos cónegos tentou dar mais velocidade aos flancos, passando Heriberto para a esquerda e jogando em 4x3x3. O Moreirense ficou mais perigoso e esteve por duas vezes perto do golo, mas Heriberto e Pedro Nuno foram perdulários.
Um pouco contra a corrente do jogo o Chaves acabou por marcar. Maras foi à área saltar mais alto do que toda a gente e cabeceou para a vitória.
Os locais reagiram e encostaram os visitantes às cordas, mas jogaram sempre com mais coração do que com a cabeça. Os flavienses fecharam a porta da baliza e deitaram a chave fora, segurando o triunfo.