Sporting-Tondela, 4-0 (crónica) - TVI

Sporting-Tondela, 4-0 (crónica)

Controladores, dominadores. Arrasadores

Ruben Amorim já assumiu que a capacidade de acreditar é uma das características mais fortes do Sporting versão 2020/21. Nos últimos três jogos, o leão chegara aos dez minutos finais sem estar na frente do marcador e duas vezes no pior dos três cenários possíveis: a perder.

Só que, com tanto reboliço de emoções, não há coração que aguente e, ainda que legitimamente satisfeitos com um arranque de Liga promissor, os adeptos, mesmo em casa, ansiavam há muito por uma noite tranquila e sem a frequência cardíaca constantemente posta à prova.

Vai disto e o Sporting ofereceu-lhes neste domingo controlo e domínio, num jogo em que subjugou o Tondela por completo e arrancou a exibição mais autoritária da época.

Desta vez, não foi preciso «acreditar até ao fim», até porque a história do jogo começou a ser definida na primeira parte, ainda que só aos 45 minutos o Sporting tenha materializado a superioridade esmagadora em campo perante uma equipa que, ao contrário do que pretendia Pako Ayestarán, não se colocou sequer em posição de incomodar o adversário.

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Com João Mário em estreia no onze e Tiago Tomás e Sporar de regresso às opções iniciais, o Sporting encontrou um adversário que procurou defender alto, mas que foi concedendo demasiados espaços: prova disso foi a chegada de Trigueira aos dois dígitos em defesas, número aliado ao desperdício de um leão que domou a presa do primeiro ao último minuto.

Quando Pedro Gonçalves inaugurou o marcador em cima do apito para o intervalo com um desvio ao segundo poste, ele mesmo já tinha esbanjado duas soberanas ocasiões e o Sporting encontrava espaços sobretudo pelo centro do terreno, onde João Mário, com espaço, distribuía com critério para a verticalidade dos homens da frente.

Na melhor exibição da época do Sporting evidenciou-se também Pedro Porro. Depois de assistir para o 1-0, abrir caminho para Sporar assistir Pote para o 2-0 a abrir a etapa complementar e assinou o terceiro num dos momentos altos da noite.

Destacaram-se também Palhinha, pela sobriedade no meio-campo, Feddal imperial ao lado de Coates e Sporar, descalibrado com o golo, mas lutador, altruísta e ainda premiado a fechar com o 4-0 e a assinatura de uma goleada que poderia ter sido bem mais expressiva.

O Sporting transpirou vitalidade. Teve princípio, meio e fim cravados a tinta permanente do primeiro ao último minuto, com períodos de futebol arrasador. E, por isso, dorme na liderança do campeonato.

Se é cedo para dizer onde pode chegar a equipa de Ruben Amorim? Talvez! Mas com exibições como esta pode ambicionar um futuro risonho. Há ideias sólidas e, sobretudo, qualidade para as executar.

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