Belenenses-Portimonense, 2-1 (crónica) - TVI

Belenenses-Portimonense, 2-1 (crónica)

Belenenses-Portimonense

Família feliz

Uma família bastou para devolver um sorriso ao Belenenses ao fim de quase dois meses e para desenhar um enorme semblante de preocupação no Portimonense, que estreava este domingo Bruno Lopes no comando técnico.

Silvestre e Nilton. O clã Varela resolveu um duelo entre aflitos que decidiam quem terminava a primeira jornada da segunda da Liga nos lugares de despromoção. No segundo jogo de Petit, os azuis somaram os primeiros pontos de 2020: três, graças a golos do tio (primeiro) e depois do sobrinho, este a passe do mais experiente dos dois.

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Os azuis encontraram uma solução para a crise ao cabo de cinco jogos sem vencer e quatro desaires consecutivos. O tempo dirá se é momentânea ou definitiva, mas não há nada melhor do que a soma de três pontos para a cura de males.

A primeira parte teve domínios repartidos, sem que nenhuma das equipas assumisse declaradamente as despesas do jogo. O Belenenses começou melhor e o Portimonense, com Jackson Martínez em notória inferioridade física desde os 5 minutos (mais ainda do que o habitual), cresceu a partir do quarto de hora, conseguindo ser mais perigoso no último terço, à boleia de ações individuais de Aylton Boa Morte pelo corredor direito.

Nem solidez defensiva nem pujança na frente. O Belenenses andou alguns períodos à deriva até reaparecer com o aproximar do final do primeiro tempo. Silvestre Varela ameaçou aos 37 minutos e viria mesmo a faturar aos 43m., pouco depois de André Moreira ter negado o golo a Bruno Costa com uma fantástica intervenção. Cinco minutos de loucura tardia mas bem-vinda ao Jamor, com o veterano a não desperdiçar na cara de Ricardo Ferreira após ser superiormente isolado por André Santos com um passe longo.

O Belenenses chegou ao intervalo na frente: resultado inflacionado, mas o futebol não vive de justiças e prova disso já havia sido a derrota na semana passada no Jamor diante do V. Setúbal.

Mais: aos 50 minutos, o resultado era de 2-0, com Nilton Varela a estrear-se a marcar como profissional com a bênção do tio.

Conforto para os comandados de Petit? A posição dos azuis na tabela não se compadece com esses estados de alma.

A entrada de Takuma Nishiuka para o lugar de Jackson (incompreensível a decisão de deixar o colombiano em campo uma hora) melhorou o futebol dos algarvios, que foram a melhor equipa a partir daí, mas o risco só redundou em golo ao minuto 84: Dener devolveu a crença dos alvinegros, que carregaram ainda mais a partir daí e fizeram por merecer algo mais.

Os azuis tremeram por quase todos os lados, Jadson esteve perto do empate no último sopro, mas os três pontos ficaram no Jamor à custas de uma família feliz.

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