Marítimo-Portimonense, 1-1 (crónica) - TVI

Marítimo-Portimonense, 1-1 (crónica)

Aflitos ‘anulam-se’ no Cadeirão

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Em jogo de aflitos, Marítimo e Portimonense empataram este domingo a uma bola, em jogo da 11.ª jornada da Liga. Os algarvios foram para o intervalo a vencer e quando tinham tudo nas mãos para ‘matar o jogo’, acabaram por consentir a igualdade, que acaba por ser justa tendo em conta o futebol praticado por ambas as equipas.

Se António Folha apostou no mesmo onze inicial que levou a jogo na receção ao Santa Clara (1-1), já Nuno Manta Santos viu-se forçado a operar duas alterações na equipa inicial que apresentou no terreno do Gil Vicente, onde perdeu por 2-0. Zainadine, que nem sequer foi convocado, foi rendido pelo polivalente René no eixo da defesa, e Nequecaur cedeu o lugar a Getterson na frente de ataque.

FILME E FICHA DE JOGO

Com ambas as equipas obrigadas a vencer para fugir da parte de baixa da tabela, adivinhava-se uma entrada de jogo cautelosa, o que veio a verificar-se no primeiro quarto de hora, que mostrou dois blocos táticos muito bem encaixados. Coube depois ao Marítimo acelerar o jogo e, quando o fez, deixou a defesa algarvia em dificuldades.

Aos 20 minutos, numa jogada de insistência, Correa ficou muito perto de desbloquear o marcador, com um remate que saiu à malha lateral após uma jogada rápida iniciada por Nanu e com Getterson a fazer o passe para a finalização. No minuto seguinte, o velocista nipónico Daizen atirou ligeiramente ao lado do poste esquerdo de Ricardo Ferreira, mais uma vez servido por Getterson, que isolou o japonês, ao desviar de cabeça um passe longo do guardião Amir.

O Portimonense tremeu, mas não caiu. O Marítimo continuou a ter a iniciativa de jogo, mas passou a ter dificuldades para construir uma vez chegado ao último reduto algarvio. Folha exigiu mais atenção às linhas da defesa, e estas, depois dos reparos do técnico, deixaram de facilitar. Ao mesmo tempo, o meio campo passou a pressionar mais alto, forçando perdas de bola e recuperações de posse mais rápidas.

Mais esclarecidos nas transições e na forma de executar a pressão alta, os algarvios acabaram por ver o seu esforço ser premiado aos 40 minutos, com Boa Morte a servir bem para um grande disparo de Lucas Fernandes desde o ‘meio da rua’, que levou a bola entrar junto ao poste, de nada valendo a estirada de Amir, que ainda tocou na bola.

A desvantagem não caiu nada bem junto da turma de Nuno Manta, e até ao descanso, foi o Portimonense, a estar mais perto do segundo do que sofrer o empate, com destaque para a jogada em que Tabata assistiu Lucas Possignolo para este, livre de marcação, cabecear para defesa de Amir.

Quem esperava uma reação insular para o segundo tempo, perdeu a esperança poucos minutos depois do reatamento. O Marítimo entrou nervoso, e ainda mais ficou depois das substituições operadas por Nuno Manta. Aos 51m, o médio Bambock, aparentemente devido a problemas físicos, cedeu o lugar ao ponta-lança Nequecaur, e pouco depois dos 60m Daizen saiu para a entrada de Rodrigo Pinho.

Os adeptos não gostaram e entre assobios e apupos brindaram o técnico com lenços brancos. Mas pouco mais de dez minutos depois festejavam em grande o golaço de Getterson. A tensão nas bancadas estava a incomodar o coletivo insular, com o Portimonense a esperar o momento certo para desferir o golpe fatal que representaria do 0-2.

Nanu desequilibrou na raça, mas a bola acabou por ir ter com Getterson com alguma sorte, que aproveitou para disparar um míssil para o fundo das redes do Portimonense. Ricardo Ferreira ainda tentou fechar ângulo, mas sem quaisquer hipótese tal a força do disparo.

Já com as bancadas a apoiar a sua equipa, o Marítimo, galvanizado com o golo do empate (que Getterson festejou como se tivesse marcado contra tudo e todos), ficou muito perto da reviravolta no marcador aos 80m, que não aconteceu fruto de uma grande defesa do guardião algarvio um bom remate de Correa.

Os insulares voltaram a aproximar-se com perigo da baliza de Ricardo Ferreira, mas faltou cabeça na hora de aproveitar o espaço conquistado com a ajuda de alguma desacerto nas marcações algarvias antes as investidas insulares. Mas a reta final do jogo acabou por ser muito faltosa e quezilenta, nada propícia a golos.

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