Rio Ave-Moreirense, 2-0 (crónica) - TVI

Rio Ave-Moreirense, 2-0 (crónica)

Os génios dos Arcos dizem onde fica a UEFA

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Dois golos, duas equipas que adoram ter bola, um VAR atento, guarda-redes mais inspirados do que avançados, nenhum dos treinadores principais no banco. Ah, o mais importante: três pontos que o Rio Ave fez por justificar. Os vilacondenses saltam para os nove pontos e são, à condição, quarto classificados na Liga. Ombro a ombro com o Sp. Braga.

1. Os golos. Lucas Piazón fez ambos. Aos 15 minutos, o brasileiro cedido pelo Chelsea rematou de pé esquerdo, ainda de fora da área, e estreou-se a marcar esta época. Aos 83, quando o jogo estava ainda completamente por definir, não tremeu da marca do penálti e acabou com as interrogações. A vitória ficava mesmo em Vila do Conde.

2. A paixão pela bola. O jogo subiu de qualidade com o passar dos minutos e o aumentar do cansaço. O espaço começou a surgir, os passes de rotura a entrar com mais facilidade e os guarda-redes (Kieszek e, sobretudo, Pasinato) obrigados a brilhar. Entrou melhor o Rio Ave, a fazer uma pressão alta e depois a viver na serenidade de Lucas Piazón e nos rasgos do melhor em campo, Carlos Mané. O antigo extremo do Sporting esteve endiabrado.

FICHA DE JOGO e AO MINUTO

A perder, é verdade, o Moreirense melhorou e ameaçou num par de vezes o empate.  Principalmente através da velocidade de Felipe Pires, os cónegos incomodaram o Rio Ave e adiaram a definição da partida quase até ao limite. O que lhe faltou? Mais Filipe Soares, mais Pedro Nuno, os melhores no jogo anterior.

3. O VAR. Os bons exemplos devem ser sublinhados e Tiago Martins ajudou o árbitro Iancu Vasilica a corrigir duas decisões erradas. Não havia motivo para penálti de Kieszek sobre Ferraresi (simulação) e não havia motivo para penálti de Fábio Pacheco (mão na bola após um ressalto).

4. Rio Ave e Moreirense tiveram pedaços de bom futebol, mas ao intervalo só havia três remates para os vilacondenses e dois para os cónegos. As equipas estiveram muito organizadas e a posse de bola competente raramente dava para penetrar nos espaços de tiro. Na segunda parte, sim. Mais rapidez, mais transições e mais atenção para os keepers das equipas, com o Rio Ave a ser quase sempre mais criterioso e a agarrar bem a vitória.

DESTAQUES DO JOGO: Piazón e Mané à frente de todos

5. Mário Silva sentiu-se mal durante a noite e não foi para o banco. Ricardo Soares deu positivo à covid-19 e também não esteve nos Arcos. Não é nada habitual, mas nenhum dos dois treinadores principais pôde ajudar a respetiva equipa in loco.

Consequências do resultado? O Rio Ave confirmou a vitória arrancada na passada semana no Algarve e já está em zona europeia. A nota exibicional é, de resto, bastante mais alta do que a conseguida na casa emprestada do Farense. O Moreirense voltou, por seu lado, a demonstrar que é uma das boas equipas do campeonato. Apareceu muito limitado – sem guarda-redes suplente e apenas cinco suplentes – e faltou-lhe opções para arriscar mais um pouco na altura em que isso se exigia.

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