Carlos Carvalhal: «Cinco substituições não beneficiam o futebol» - TVI

Carlos Carvalhal: «Cinco substituições não beneficiam o futebol»

  • Bruno José Ferreira
  • Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos
  • 12 jun 2020, 21:45
Moreirense-Rio Ave (Lusa)

Moreirense-Rio Ave, 0-1 (reportagem)

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Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo (0-1) sobre o Moreirense:

«Foi um jogo que antevíamos que ia ser difícil, até agora só tinha aqui ganha o Benfica, o Porto e o Braga; e o Moreirense não perdia há sete jogos, o que são indicadores das dificuldades deste jogo. Preparámos bem o jogo, a reação à perda da bola foi excelente e tivemos posse de bola significativa com oportunidades. Como sabem há jogadores a regressar, e fomos perdendo um pouco de energia. Houve uma reação por parte do Moreirense, com mérito, mas parece-me que controlámos muito bem, a nossa equipa soube fechar muito bem e, com toda a sinceridade, não me recordo de uma oportunidade do Moreirense. Achamos que o resultado é justo».

«O Moreirense estaria à espera que jogássemos a três e nós com o Nelson Monte daria a ilusão que sairíamos a três. Temos diversas situações preparadas, se calhar com o Benfica podemos fazer de uma forma diferente, depende do plano estratégico, a inclusão do Dala e do Diego teve como intenção ganhar no jogo interior».

[Na última jornada disse que sofreu golos de Disney World. Hoje houve mais compromisso?] «Disse isso, mas disse também que o jogo foi atípico. Sofrer três golos com aquelas características, ao rever o jogo, pergunto o que posso mudar daquela primeira parte. Acima de tudo acho que fizemos uma segunda parte ao nosso nível frente ao Paços, quando o jogo parou. Estamos com poucas semanas de trabalho, os treinadores não têm varinha mágica. Isto é de uma enorme dificuldade, porque não temos jogos treino. Esperamos na quarta-feira frente ao Benfica dar um passo mais à frente, é assim que temos trabalhado».

[Cinco substituições] «É um dado novo. É terrível não haver jogos treino, não dá para aferir nada. A competição é que nos faz evoluir. O jogo com o Paços foi um jogo de preparação da equipa. Não concordo com as cinco substituições, acho que é desnecessário porque o intervalo de jogos prefere gerir o esforço dos jogadores acho que muda o jogo. As reflexões vão ser feitas à posteriori, mas as equipas podem fazer o seu jogo com posse de bola e desgastando o adversário, o que faz parte da estratégia do jogo, e com as substituições isso muda porque é tudo dimensionado pelo lado físico. O jogo muda completamente. Percebo a situação em que estamos, mas uma equipa que está a sofrer porque o adversário o desgastou, mete quatro ou cinco jogadores frescos e isso muda. Acho que não beneficia nada o futebol».

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