Após a partida frente ao Young Boys, Sérgio Conceição sublinhou que gostaria que a sua equipa massacrasse sempre, mas que tal é impossível. Os dragões, aliás, venceram os últimos dois jogos pela margem mínima.
«Ficava preocupado se não ganhasse. Temos de perceber o que estamos a fazer bem durante o jogo e perceber que devemos melhorar alguns aspetos. O que disse, vocês perceberam e sabem porque seguem o nosso trajeto, é que somos uma equipa com capacidade ofensiva muito grande. Nos últimos dois anos fomos a melhor defesa do campeonato. Quando há esse equilíbrio, torna-se mais fácil ganhar», começou por dizer antes de se alongar na explicação.
«Se olharmos para o segundo golo do Soares é espetacular, o primeiro também, pelos jogadores que entram, o equilíbrio se por acaso tivéssemos perdido a bola. Isso para mim é espetacular. Quando digo não ser espetacular é não criar 15 ocasiões, marcar cinco ou seis golos, mas é muito difícil porque as equipas trabalham bem, têm bons jogadores, é normal que nos criem dificuldades. Depende da espetacularidade que cada um vê. Há adeptos que só olham para o resultado e pensam 2-1 foi uma aflição dos diabos. O controlo de jogo é outra forma espetacular de ver. Seria mais fácil chegar aqui e dizer que não fomos espetaculares. Disse no balneário que fiquei extremamente contente pelo jogo que fizemos. Sabia da dificuldade do jogo como sabia da dificuldade do jogo contra o Portimonense, independentemente de saber que podemos fazer melhor. O Young Boys foi duas vezes à nossa baliza. Não jogámos contra um colosso europeu, apesar de achar que o bicampeão suíço tem qualidade.»
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Os dragões ainda não estão tão afinados como Conceição gostaria. Porquê? O técnico dos azuis e brancos esclareceu.
«Tem a ver com a equipa. Por vezes, podemos pensar de forma mais fácil e dizer que sofremos golos pela linha defensiva. Está relacionado com toda a equipa. Normalmente pressionamos forte o adversário e aqui ou acolá não temos sido eficazes. Não só no momento da recuperação, mas também no nosso equilíbrio defensivo Jogamos no meio-campo ofensivo e a transição ataque defesa tem de ser mais eficaz. Há aqui pormenores que têm de ser ajustados e tem a ver com a forma como atacámos. Está associado e, por vezes, a ocupação de espaço em termos ofensivo deixa que a equipa se exponha», referiu.
Por último, o treinador do FC Porto frisou que é «muito difícil» vencer um campeonato sem derrotas.
«Acho que é dentro da mesma linha do ano passado. Cada vez mais é difícil para os grandes acabarem os campeonatos sem derrotas ou com uma ou duas derrotas. As equipas estão muito competentes. Dei o exemplo do Santa Clara, mas há muita qualidade hoje nas equipas técnicas e há qualidade no que é a formação dos plantéis. É cada vez mais difícil chegar ao fim com os tais 88 pontos ou acima disso como já conseguimos», concluiu.