Nani assume que jogou com dores e fala do regresso a Manchester - TVI

Nani assume que jogou com dores e fala do regresso a Manchester

Sporting-Gil Vicente (LUSA/ Mário Cruz)

Temporada do português tem sido seguida atentamente pela direção dos 'red devils'

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A pouca utilização de Nani, nos últimos dois anos em Manchester, tornaram inevitável a sua saída de Old Trafford. Apesar da qualidade demonstrada nos primeiros tempos em Inglaterra, o jogador já não se sentia feliz e decidiu-se pelo regresso ao Sporting, onde voltou a ganhar protagonismo.

A época de Nani tem sido seguida, a par e passo, pelos responsáveis do clube britânico, que, como é natural, assistiram, ainda que à distância, à obra de arte patrocinada pelo internacional português diante do Gil Vicente, selando o regresso dos leões aos triunfos na Liga após duas jornadas de jejum. 

E fizeram questão de transmitir ao craque que estão de olho nas suas prestações.

«Recebi várias mensagens do Ed Woodward [Vice-presidente executivo do Manchester United], dando-me os parabéns pelo golo [com o Gil Vicente] e pela boa temporada que estou a realizar», assumiu o número 77 dos leões em declarações ao britânico Guardian.

Nani acredita que a decisão de regressar a Alvalade era o único caminho para a felicidade imediata. Apesar de ter deixado um bocado do coração em Manchester, o apagamento no 'Teatro dos Sonhos' tinha de ser estancado, sob pena de se tornar num processo irreversível.

«Eu amo o Manchester United. Tomei a decisão de sair para voltar a jogar com regularidade e, no fundo, para voltar a ser eu, porque perdi muito na última época devido a lesões e à mudança de treinador.  O novo treinador não me conhecia bem e várias coisas mudaram. Precisava de jogar com regularidade para voltar a ser feliz», sublinhou o craque formado nos leões.

Nani voltou a reencontrar-se e assumiu-se com um dos melhores marcadores do Sporting esta temporada com nove golos festejados em 25 jogos. O rácio de golos do português só é ultrapassado em Manchester pelos antigos campanheiros Robin van Persie e Wayne Rooney, dois dos homens normalmente em foco na equipa orientada pelo holandês Louis van Gaal. Embora com um oceano a separa-lo, o português vê diferenças na mentalidade com que a equipa aborda os jogos.

«Não estou surpreendido com a performance do Manchester porque é normal que muitas coisas mudem. Comparando com a última temporada, jogávamos num sistema diferente. Costumávamos jogar um futebol bastante ofensivo e marcar muitos golos. Agora somos mais compactos e organizados, mas não marcamos tantos golos», analisou.

Apesar da felicidade que reencontrou em Alvalade, Nani saltou para as primeiras páginas dos jornais pelo grande golo que assinou, mas, também, pelas lágrimas que se lhe brotaram dos olhos em pleno relvado do Estádio de Alvalade. Os últimos tempos não têm sido fáceis para o jogador que assume ter-se sacrificado pela equipa em algumas ocasiões.

«Vinha de uma semana particularmente difícil e, por isso, era difícil estar ao meu melhor nível. Estava a sentir dores na perna, mas queria ajudar a equipa. No jogo anterior, frente ao Wolfsburgo [derrota do Sporting por 0-2], não consegui estar ao meu melhor nível. No final queria ter feito mais. Preparei-me da melhor maneira para melhorar e, depois do golo, agradeci a Deus», conta o médio, de 28 anos, que volta a entrar em campo esta quinta-feira, dia em que o Sporting decide o apuramento para os quartos de final da Liga Europa.

Projetando já o final da temporada, Nani não coloca de parte o regresso ao Manchester, mas reforça que isso só se decidirá mais lá para a frente. Até lá só pensa ter a cabeça limpa para fazer o que mais gosta: jogar futebol.

«Nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Depende uma de uma série de coisa. Se o  United me quiser, então com uma mentalidade diferente podemos funcionar bem na próxima época, mas há vários assuntos para discutir», rematou.
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