Sporting-Gil Vicente, 2-0 (crónica) - TVI

Sporting-Gil Vicente, 2-0 (crónica)

Sporting-Gil Vicente (LUSA/ Mário Cruz)

Um samurai e um ninja a derrubar o imperador

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Foi preciso chamar um samurai e um ninja para derrubar o imperador Adriano. O guarda-redes brasileiro exibiu-se a grande nível da baliza do Gil Vicente e conseguiu segurar o nulo até ao intervalo, mas na segunda parte o Sporting conseguiu construir um triunfo que fez por merecer, frente a um adversário que só uma vez incomodou, e de forma algo insólita.
 
Um lance de bola parada permitiu a Tanaka alcançar uma vantagem que o leão já merecia. E depois surgiu o momento alto da noite, o golpe de ninja de Nani, a sentenciar o encontro.
 
O Sporting demorou a entrar no jogo, como em várias outras ocasiões, mas quando entrou verdadeiramente em cena foi convincente no seu papel.
 
Nos primeiros minutos o Gil Vicente até conseguiu atuar de forma descomplexada, aproximou-se algumas vezes da baliza contrária, e mesmo sem assustar Rui Patrício conseguiu, ao menos, evitar calafrios na espinha.
 
O domínio leonino instalou-se de forma gradual, e ainda antes de começar a incomodar Adriano houve tempo para pedir uma grande penalidade, por pretensa falta de Cadú sobre João Mário (a infração parece existir, mas fica a dúvida se a mesma é dentro ou fora da área).
 
Ao minuto 24, então sim, o Sporting começou a apresentar razões para colocar-se em vantagem, mas deparou-se com um guarda-redes inspirado. Nesta primeira grande ocasião leonina o brasileiro negou o golo a Carlos Mané, que apareceu em excelente posição na área.
 
Uma das novidades no «onze» leonino, o camisola 36 voltaria a dispor de uma boa ocasião ao minuto 32, mas o domínio na área não foi o melhor, e o remate à meia-volta tornou-se fácil para Adriano.
 
Já solidamente instalado no meio-campo contrário, o Sporting seguia a batuta de João Mário, sempre em evidência. O médio teve também duas boas ocasiões para marcar, na etapa inicial, mas a primeira foi desviada por Evaldo (25m) e a seguinte contou, uma vez mais, com a intervenção de Adriano.
 
Do lamento habitual ao golpe de ninja
 
Ao intervalo o público de Alvalade lamentava mais uma primeira parte «desperdiçada», mas na etapa complementar bastaram sete minutos para a equipa da casa alcançar uma vantagem há muito justificada.
 
Um lance de bola parada acabou por servir tais intentos, com Nani a desviar um canto de Jefferson ao primeiro poste e o «Samurai» Tanaka a desviar ao segundo poste.
 
A tendência do jogo em nada se alterou, com este golo, e Adriano Facchini continuou a responder com brilhantismo à superioridade leonina. O guarda-redes do Gil Vicente negou duas vezes o golo a Nani, na sequência (55 e 58m), mas o internacional português respondeu com um golo de levantar o estádio, ao minuto 68.
 
Um remate fantástico, de longe, a sentenciar um triunfo plenamente merecido pelo Sporting.
 
Foi o golpe final no encontro, o golpe final num Gil Vicente que criou apenas uma situação de perigo, e na sequência de um lance caricato, no qual William Carvalho, na cobrança de um livre, pontapeou a bola contra as pernas de Yazalde, à procura do cartão amarelo. O árbitro Jorge Tavares deixou o jogo prosseguir o Gil Vicente foi sagaz a aproveitar o contra-ataque, mas Diogo Viana, apenas com Patrício pela frente, atirou ao lado.
 
Foi a única ocasião de perigo da equipa minhota, que nunca conseguiu explorar o contra-ataque. E também aí há mérito do Sporting.
 
 
 
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