«Vamos brincando com o fogo, até o dia em que nos podemos queimar» - TVI

«Vamos brincando com o fogo, até o dia em que nos podemos queimar»

Natxo Gonzalez

Natxo González, técnico do Tondela, após a derrota caseira frente ao FC Porto

Relacionados

*por Rafael Santos

Natxo González, treinador do Tondela, em declarações na sala de imprensa do Estádio João Cardoso, após a derrota frente ao FC Porto (1-3), em jogo da 31.ª jornada da Liga:

«Um treinador tem de retirar as coisas boas e más [de um jogo]. Competimos muito bem e o jogo desnivelou-se por um canto, que era a única maneira de o FC Porto fazer danos até ao momento, porque não estava a criar situações de golo, exceto na bola parada. É muito poderoso e pôs-se na frente.

Tivemos uma grande capacidade de reação, conseguimos fazer o 1-2 e sabíamos que estávamos perto de poder empatar. Portanto, creio que o importante hoje era competir bem, como estamos a fazer e se somássemos pontos seria uma bomba emocional, e se não, tranquilos, que [a derrota] não nos gere frustração. Porque hoje era muito difícil pontuar contra o FC Porto, era muito difícil o Tondela conseguir algum ponto.»

[o que está a faltar?]

«Acho que estamos a competir bem, estamos a fazer muitas coisas bem, sabemos das nossas limitações e debilidades, no entanto, [nos jogos com o] Belenenses, Famalicão, Porto, creio que a equipa competiu bem. Creio que o futebol não nos deu aquilo que merecíamos [nesses jogos].

Hoje, estava claro que não íamos levar nada daqui, mas o objetivo é seguir e fazer o que temos estado a fazer, acredito que o futebol nos vai dar o que estamos a merecer, apesar de agora ainda não nos ter dado, portanto, é seguir na mesma, competir e não sair daqui frustrados, pelo contrário.»

[mais uma época a sofrer até ao fim]

«Somos os mais pequeninos da Liga. Cada ano é o mesmo e a cada ano vamos brincando com o fogo, até o dia em que nos poderemos queimar. Temos de ser mais ambiciosos e não aceitar o que temos, porque, quem sabe, vais brincando com o fogo, vais brincando e acabas por te queimar. Acredito que a equipa vai sofrer até ao final e esperemos que consiga os pontos necessários, porque a tranquilidade que tenho é pela forma como competimos, sempre a dar a cara pelas debilidades e defeitos, mas também temos coisas muito boas.

Não me quero desgastar a fazer contas. Para quê? Para perder energia? Tentar concentrar todas as forças no jogo, no futebol em si, em preparar bem os jogos, em penar no rival seguinte, e insistir. Sabemos que temos de conquistar um determinado número de pontos, e se os conseguirmos, estamos fora, portanto, se não acontecer [podemos descer].»

Continue a ler esta notícia

Relacionados