Arouca-V. Guimarães, 2-2 (crónica) - TVI

Arouca-V. Guimarães, 2-2 (crónica)

Um empate no banco com crédito a juros altíssimos

*por Rui Almeida Santos

Este Arouca é uma equipa com alma. E personalidade, sobretudo isso. Depois de estar a perder por dois golos, diante de um V. Guimarães até aí mandão no jogo, os arouquenses conseguiram anular a desvantagem nos últimos 15 minutos, com golos dos recém-entrados Dabbagh e Pité. Um banco com crédito a juros altíssimos, portanto.

Na antecâmara da visita a Arouca, Pepa, que não festejava um golo há duas jornadas consecutivas, defendeu que a bola iria começar a entrar com naturalidade. No fundo, tudo não passava de uma questão de tranquilidade. O técnico viu a sua ideia validada nos instantes iniciais do encontro, quando Quaresma, com toda a tranquilidade do mundo, inaugurou o marcador.

O golo surgiu de uma parceria de artistas com Edwards, que no lance que se seguiu voltou a encontrar Quaresma solto no coração da área arouquense, mas dessa feita o Harry Potter atirou ao poste.

O Vitória podia ter dado um golpe duro nas aspirações do Arouca, mas a perdida como que acordou os locais para o jogo. Mais criteriosos com bola, os pupilos de Armando Evangelista tinham em André Silva um autêntico farol em zonas mais adiantadas, com o brasileiro a obrigar Trmal a um par de intervenções seguras.

FICHA E FILME DO JOGO.

Os instantes que antecederam o intervalo fizeram pairar sobre os vimaranenses fantasmas de oportunidades perdidas passadas, com Rafa Soares e Estupiñan a perderam chances flagrantes na cara de Fernando Castro, mas o Vitória estava confiante e mostrou maturidade na forma como abordou a segunda parte.

Em desvantagem no marcador, o Arouca chegou-se mais à frente na etapa complementar, mas os vimaranenses nunca pareceram verdadeiramente desconfortáveis com a situação. Não só controlaram os ímpetos locais como até chegaram ao 2-0, por Tiago Silva, assistido por Rafa.

Aquela parecia ser a estocada na resistência do Arouca, mas uma recuperação de bola de Dabbagh deixou-o na cara de Trmal, e o palestiniano não perdoou. O jogo ganhou nova vida, Tiago Silva quase bisou na resposta, e também os arouquenses ficaram perto do empate, por Arsénio, após novo deslize do setor mais recuado vimaranense. 

A crença da equipa da casa acabaria por lhe valer mesmo o empate, que surgiu em tempo de compensação, por intermédio do recém-entrado Pité. E o Municipal de Arouca entrou em ebulição.

Continue a ler esta notícia