Farense-V. Guimarães, 2-2 (crónica) - TVI

Farense-V. Guimarães, 2-2 (crónica)

Algarvios deixam fugir o pássaro

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O Farense continua sem vencer no São Luís - desde 10 de janeiro - e deixou escapar, na compensação, uma vitória que seria crucial na aproximação aos adversários diretos, na luta pela permanência. Pedro Henrique bisou, depois de Rochinha abrir o marcador no início do jogo, mas Ricardo Quaresma fez o 2-2 final já com o Vitória reduzido a dez.

Com duas equipas a terem que fazer pela vida - o Farense a tentar evitar a descida e o Vitória a tentar não perder a sexta posição que garante a presença na Liga Conferência Europa, a nova competição da UEFA - o jogo começou animado, com um golo madrugador dos minhotos. E assim continuou, com duas equipas de olhos colocados nas balizas, a construírem (e a desperdiçarem) oportunidades de golo. Neste particular, os guarda-redes fizeram a diferença, com Beto em grande e Bruno Varela em baixa.

Rochinha, com pouco mais de um minuto de jogo, aproveitou a passividade de André Pinto para abrir o ativo. Mas os algarvios tiveram atitude, coragem e foram à procura de reverter o resultado, conseguindo chegar à igualdade por Pedro Henrique, que ganhou posição entre André Amaro e Suliman para concluir um cruzamento de Ryan Gauld, aos 12 minutos.

A meio da primeira parte, os guarda-redes fizeram a diferença: Beto foi portentoso a desviar com a ponta dos dedos um tiro de Rochinha que levava a direção correta e Bruno Varela teve fífia monumental quando tentou fintar Pedro Henrique, que intercetou e marcou, certamente, um dos golos mais inocentes da sua carreira, para a cambalhota no marcador.

Antes do descanso houve mais duas situações de perigo, com Rochinha em evidência quando rompeu pela direita, deixando André Pinto para trás e rematando com convicção. Porém, César Martins, com um grande corte, evitou o 2-2. No lado contrário, Varela evitou por duas vezes que o Farense colocasse maior diferença no marcador, parando o livre de Lucca e a recarga de Pedro Henrique.

O reatamento foi quezilento, com os jogadores a envolverem-se em picardias. E não tardou que um fosse tomar banho mais cedo: Suliman viu o segundo amarelo aos 51 minutos, após falta sobre Pedro Henrique.

Com menos um em campo, os minhotos nunca desistiram e tentaram evitar nova derrota fora de portas. O Farense aproveitou o espaço que lhe era concedido e em transições rápidas e em profundidade tentou surpreender Bruno Varela. Os algarvios foram mais perigosos e viram dois golos anulados por fora-de-jogo, um de Cássio Scheid na sequência de um livre e outro de Pedro Henrique, numa transição.

O 3-1 esteve sempre perto e Gauld, a meio da segunda metade, falhou-o por centímetros, quando desviou na pequena área uma boa iniciativa de Fabrício Isidoro. Bino não estava satisfeito com o que via e recorreu a Ricardo Quaresma para tentar inverter o rumo e o internacional português esteve quase a fazê-lo, num livre direto que passou perto dos ferros. Reservaria o melhor para o final...

Mesmo com dez, os vimaranenses acreditaram e tomaram de assalto a baliza de Beto, conseguindo o empate no primeiro de seis minutos de compensação, por Quaresma, que apareceu de rompante de cabeça, a desviar o cruzamento de Lameiras.

O Farense deixou fugir o pássaro e tem uma séria luta pela salvação em três finais. O Vitória continua sem vencer fora desde a 15.ª jornada, em Famalicão e o quinto lugar é uma miragem.

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