FC Porto-V. Guimarães, 2-1 (crónica) - TVI

FC Porto-V. Guimarães, 2-1 (crónica)

Arte para voltar à liderança

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Quantas vezes mudamos de canal ou visitamos estádios à procura de um jogo que nos agarre? Se não viu o FC Porto-Vitória, veja. Tantas vezes elogiamos o que há lá fora que nos esquecemos de apreciar o que temos.

Dragões e vitorianos, obrigado. Até Mumin ser expulso por acumulação de cartões amarelos no arranque da segunda parte, estava a ser uma bela jogatana! O jogo tornou-se, a partir do minuto 53, de sentido único e os azuis e brancos venceram (2-1). Justamente, sublinhe-se. 

Mas vamos por partes.

Apesar de ainda não ter sarado a ferida sofrida na Taça, o Vitória veio de peito feito ao Dragão. Mostrou coragem, qualidade e capacidade para ter bola. Sofreu o FC Porto, ganhou o futebol. Logo aos quatro minutos, Bruno Duarte falhou uma ocasião clara para o 0-1.

O FC Porto entrou com intenção de pressionar alto o adversário – imagem de marca da temporada – e com bola, colocava Taremi «escondido» nas costas do trio de médios vitorianos, deixando Díaz mais perto de Evanilson e da baliza. O iraniano serviu o colombiano, mas este falhou o que não tem sido hábito falhar esta época.

O Vitória não se assustou e respondeu na mesma moeda por Rochinha que obrigou Diogo Costa à defesa da noite. O jogo estava bom de seguir. Pouco depois, Sérgio Oliveira bateu um livre a rasar a trave de Varela.

Apesar de os azuis e brancos terem mais bola, havia equilíbrio no número de remates (4 contra 4) até ao minuto 36. Num bom desenho ofensivo do Vitória, Edwards driblou Zaidu e foi carregado em falta. O árbitro apitou pontapé livre, mas o VAR corrigiu a decisão e marcou penálti. O inglês encarregou-se de fazer o 0-1.

Depois surgiu o génio de Díaz. Não há defesa para o talento do colombiano, muito menos organização que resista. Golaço! Foi tudo perfeito como uma obra de arte deve ser: a condução, o remate com a bola a bater no poste, enfim. O cafetero chegou ao décimo golo na Liga e agarrou o jogo.

O FC Porto cresceu com o empate e voltou a marcar num lance confuso. O autogolo de Mumin não contou depois de o VAR ter descoberto a posição irregular de Taremi no início do lance. No minuto seguinte, Bruno Varela fez uma defesa dificílima para negar o golo a Evanilson. O apito para o intervalo foi o melhor que aconteceu ao Vitória que estava a ser sufocado.

O ritmo baixou, naturalmente, no arranque da segunda parte. Depois de um primeiro aviso de Evanilson, Taremi foi derrubado por Mumin à entrada da área. O ganês viu o segundo cartão amarelo e alterou o rumo do encontro.

O FC Porto marcou volvidos seis minutos e o Dragão respirou fundo. O desenho ofensivo dos portistas é sensacional com Díaz a aguardar a isolar Otávio. Altruísta, o internacional português deixou Evanilson ser herói.

O FC Porto desperdiçou três ou quatro possibilidades de arrumar com a questão em definitivo. Como não o fez, ainda passou por alguns calafrios – Rochinha por pouco não foi feliz. No final, os dragões voltaram a fazer companhia ao Sporting no topo da Liga.

Ganhou o FC Porto, mas acima de tudo o futebol depois de um sábado vergonhoso para todos os agentes desportivos. 
 

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