FC Porto-V. Guimarães, 2-1 (destaques) - TVI

FC Porto-V. Guimarães, 2-1 (destaques)

Talento de Díaz derruba o castelo

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Figura: Luis Díaz

Eduardo Galeno não tinha como saber, mas talvez estivesse a escrever sobre o colombiano no livro «Futebol ao sol e à sombra». «Felizmente ainda surge nos campos, mesmo que pouco amiúde, algum pé-descalço descarado que se afasta do guião e comete o disparate de fintar toda a equipa rival». O extremo do FC Porto está num patamar de excelência e vive uma fase em que o mais difícil parece demasiado simples. Apesar de ter desperdiçado o 1-0 na cara de Varela aos 17 minutos, Díaz fez uma obra de arte e candidatou-se ao prémio de golo da Liga com um pontapé indefensável que bateu com estrondo no poste. Resgatou, no fundo, a equipa quando esta mais precisava e igualou o encontro. Depois, imaginou e executou a jogada que permitiu a Otávio oferecer o golo da reviravolta a Evanilson.  É, de longe, o melhor jogador a jogar em Portugal.


Momento: Mumin derruba o próprio castelo, minuto 53

O defesa ganês viu o primeiro cartão amarelo numa falta que teve tanto de dura como de desnecessária junto à linha lateral, nos instantes finais da primeira parte. Aos oito minutos do segundo tempo, o central travou Taremi em falta e viu o cartão amarelo. Por muito boa exibição que o Vitória estivesse a fazer e por muita vontade que tivesse em discutir o jogo, acabou por não conseguir suster o maior poderio do FC Porto, sofreu volvidos seis minutos e acabou por perder.


Outros destaques:


Rochinha: o elemento mais perigoso do Vitória até sair. É verdade que Edwards conquistou a grande penalidade e deu vantagem aos vimaranenses, mas o extremo português foi quem brilhou com o rei ao peito. Rochinha obrigou Diogo Costa à intervenção mais difícil da noite e acumulou pormenores técnicos interessantes juntamente com boas decisões. Viveu da capacidade de Janvier, Handel e André Almeida terem bola, algo que deixou de acontecer depois da expulsão.

Evanilson: Conceição encontrou o parceiro ideal para Taremi. O brasileiro voltou a mostrar que está a crescer dentro da equipa e esta noite foi decisivo a par de Luis Díaz. Depois de Varela lhe ter negado o golo, Evanilson acabou por conseguir ser o herói que o FC Porto precisava ao anotar o golo do triunfo.

Marcus Edwards: voltou a deixar uma amostra (pequena) do que pode fazer. O inglês foi uma dor de cabeça para a defesa contrária – Zaidu que o diga – e foi um dos responsáveis por «esticar» o jogo ofensivo do Vitória. Com a bola colada ao pé esquerdo, de fora para dentro, Edwards é capaz de fazer a diferença. Porém, os jogos passam e fica sempre a sensação de que não jogou tudo o que sabe ou é capaz. Este um desses jogos.

Mumin: o ganês tarda em provar por que razão o Vitória pagou pela sua contratação ao Nordsjaelland. O defesa parece estar sempre a um mau passe ou má abordagem de errar. Tal como aconteceu esta noite, aliás. Mumin foi expulso por acumulação de cartões amarelos e hipotecou as hipóteses que o Vitória tinha de pontuar no Dragão. Ninguém se vai lembrar do corte a impedir o golo de Evanilson.

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