Feirense-V. Guimarães, 1-2 (crónica) - TVI

Feirense-V. Guimarães, 1-2 (crónica)

Rei Tozé entre os dois castelos

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Uma hora e cerca de 90 quilómetros separam o Castelo de Guimarães do da Feira. Igual número de minutos para um jogo de futebol. O que tantas emoções pode dar quando puro. Dentro das quatro linhas.

Esta noite, na Feira, foi assim. Do horizonte europeu ao da manutenção, um rei entre os dois castelos, com o da Feira em pano de fundo. Fez de D. Afonso Henriques e teve o nome Tozé: um bis do médio deu os três pontos ao Vitória, num jogo frenético, com decisões estabelecidas à boca do intervalo.

Final de primeira parte com total adrenalina e três lances decisivos no jogo. Dois de pura qualidade futebolística. O outro, com polémica e protestos justificados do Feirense: havia, em abono da verdade, possível motivo para um penálti.

Já com o primeiro golo de Tozé nas contas, Valencia dominou a bola perante Sacko e o lateral do Vitória não evitou toque de braço e bola, aos 42 minutos. O árbitro Nuno Almeida ouviu indicações e mandou seguir.

Foi o ponto de partida para épicos momentos até ao intervalo. Ânimos reforçados e uma resposta eficaz do Feirense ao que já estava a ser algum crescimento na desvantagem. A livre de Sturgeon, Philipe Sampaio teve cabeça para o empate que, contudo, pouco durou.

Feirense-V. Guimarães: ficha e filme do jogo

Culpa do rei Tozé, que assinou portentoso momento pelo bem do futebol: cruzamento atrasado de Rafa Soares e desvio subtil de pé direito, tão eficaz e belo para um dos golos da Liga: André Moreira bem se esticou, mas a colocação tinha a palavra perfeição inscrita.

Vitória eficaz e mandão a abrir

A equipa de Luís Castro cedo chegou ao que melhor podia. No primeiro remate, Tozé resgatou a bola após um cruzamento de Rafa Soares e colocou entre as pernas do estreante André Moreira: 1-0.

Cinco minutos bastaram para notar um Vitória mandão a abrir. Espaços bem ocupados, triangulações eficazes nas várias fases de construção, desequilíbrios criados à frente. E oportunidades a surgir. Guedes teve o segundo golo nos pés, mas André Moreira foi ao relvado defender o que antes não conseguira (16’).

Os destaques do Feirense-Vitória

O Feirense estava apático e só a partir do golo anulado a Petkov, por braço na bola, é que se mostrou ao jogo. Puxou da raça e da vontade. Vítor Bruno viu negado o empate por duas vezes, antes de todo o frenesim que ditou o 2-1.

Sofrer e gerir para segurar

Na segunda parte, a produção deu lugar a crescente expetativa. O Vitória cedo perdeu André André por lesão, ajustou com Pepê e o relógio a andar foi sinónimo de gestão e capacidade de sofrimento para gerir a vantagem magra.

Isto perante um Feirense de ímpetos e a tentar em rápidas transições o empate. Petkov quase o teve na cabeça, mas estava lá Wakaso a cortar. João Tavares também testou Douglas, que defendeu. Do outro lado, Davidson teve a melhor ocasião para sentenciar, mas André Moreira assinou a defesa da noite.

Vitória de e da contenção até ao fim, com Tozé no trono do rei a acentuar a crise do Feirense: o último triunfo na Liga foi em… Guimarães.

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