O Marítimo regressou este sábado às vitórias na I Liga ao bater o Vitória de Guimarães 3-2, em jogo da 24.ª jornada em que os madeirenses acabaram por justificar os três pontos fruto de uma exibição personalizada durante quase toda a partida.
Daniel Ramos conseguiu quebrar a série de maus resultados, uma vez que estava há nove jogos consecutivos sem vencer.
Vítor Campelos, técnico interino dos visitantes na sequência do despedimento de Pedro Martins no rescaldo da pesada derrota caseira diante do Sp. Braga, fez apenas cinco alterações em relação a essa partida: Pedrão, Wakaso (castigado), Rafael Miranda, Vigário e Tallo cederam o lugar a Dénis, Konan, Celis, Hurtado e Rafael Martins. Por sua vez, Daniel Ramos, repetiu a equipa que iniciou o jogo na Vila das Aves, de onde trouxe um ponto após três derrotas consecutivas para a Liga.
Dispostos ao ‘tudo ou nada’, os madeirenses entraram a querer dominar o jogo, empurrando o Vitória para o seu meio campo defensivo. A toada manteve-se mesmo depois da substituição forçada do capitão Edgar Costa, aos 8 minutos, que se lesionou sozinho. Jean Cléber entrou e foi ocupar o lugar de Jorge Correa, nas costas do ponta-de-lança Joel, com o argentino a flectir para a ala direita.
A pressão do Marítimo veio a dar furtos aos 13', com Ricardo Valente a marcar à sua antiga equipa, na sequência de um canto batido por Rúben Ferreira. Zainadine cabeceou primeiro, mas foi o extremo luso emendar para o fundo da baliza à guarda de Douglas.
Mas a festa insular durou pouco tempo, já que, passado pouco mais de dois minutos, Hurtado, bem servido por Konan, atirou bem colocado desde o centro da grande área para restabelecer a igualdade.
Adivinhava-se um período de contenção por parte de ambas as equipas, para assentar jogo. Acontece, que esse período só que durou apenas quatro minutos. Novo canto, desta vez cobrado por Jorge Correa, e Pablo saltou vitorioso apesar da ‘pressão’ três defesas vimaranenses.
O ‘Caldeirão’ festejou com euforia mas quase explodiu, cerca de três minutos depois, quando o ponta-de-lança Joel, novamente na sequência de pontapé canto, ampliou a vantagem do Marítimo para 3-1, num lance em que Pablo e Gamboa superiorizaram-se à povoada defensiva vimaranense, que praticamente ficou a ver jogar.
A ‘vantagem relâmpago’ conquistada pelos verde-rubros mexeu com a equipa de Vítor Campelos e com a sua nutrida claque que apoio presente no está (rondava os 300), que deixou de apoiar a equipa para gritar “joguem à bola” e dirigir impropérios ao presidente Júlio Mendes.
Apesar de terem conseguido não sofrer mais golos até ao intervalo, apesar das boas iniciativas produzidas pela equipa madeirense, nada resultava bem aos vimaranenses em termos ofensivos. Em certos momentos, ficou a ideia só pensavam no descanso.
PABLO REDIMIU-SE: VEJA OS DESTAQUES DO JOGO
O ‘puxão de orelhas’ de Vítor Campelos, que imaginamos ter sido dado no tempo passado nas cabines, veio a revelar-se pouco produtivo. Ciente disso, o técnico interino acabou por ser o primeiro a mexer, optando por lançar Hélder Ferreira por troca com Sturgeon.
A formação madeirense procurava controlar o jogo, segurando a vantagem e reagindo com transições rápidas, enquanto que o Vitória procurava construir coletivamente para aproximar-se da baliza de Charles.
Aos 68', uma saída do guarda-redes do Marítimo, que inexplicavelmente não percebeu que Bebeto tinha o lance controlado, acabou com o derrube Héldon na grande área. O árbitro Rui Costa não teve dúvidas e desde a marca de grande penalidade, não enjeitou a oportunidade para reduzir para 3-2.
Em desvantagem pela margem mínima, o Vitória procurou imprimir ainda mais velocidade no seu jogo, mas os caminhos das redes locais foram-se tornando um trilho intransitável com o passar do tempo. Mesmo em cima dos 90, foi o Marítimo que quase voltou a mexer com o marcador, mas o remate de Joel, a passe de Zainadine, saiu a milímetros do poste esquerdo de Douglas.
Veja o resumo do jogo: