Moreirense-V. Guimarães, 2-2 (crónica) - TVI

Moreirense-V. Guimarães, 2-2 (crónica)

  • Bruno José Ferreira
  • Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos
  • 9 jan 2021, 19:19

Dois momentos eletrizantes num dérbi sem luz

Apenas dois momentos eletrizantes, com dois golos num curto espaço de tempo, conferiram algum dinamismo a um dérbi vimaranense frio que acabou com uma igualdade a duas bolas (2-2). As duas equipas estiveram em vantagem no marcador, mas permitiram o empate quase de imediato.

No último lance do encontro a luz falhou no Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, o que levou a que se esperasse quase vinte minutos para disputar meia dúzia de segundos. O pontapé de canto do Moreirense bateu-se ainda sem a luz na sua plenitude, para que Artur Soares Dias desse o jogo por terminado.

Vasco Seabra estreia-se no comando técnico do Moreirense com um empate caseiro, a premiar essencialmente a organização da equipa de Moreira de Cónegos perante um vizinho que foi mais acutilante, mas que, em abono da verdade, dominou territorialmente mas conseguiu poucos lances de verdadeiro perigo.

Com seis casos de Covid-19 no plantel, o Vitória apresentou-se sem Rochinha, Estupiñán e Bruno Duarte, enquanto que no Moreirense  Vasco Seabra fez apenas uma alteração, forçada, fazendo jogar Afonso Figueiredo no lugar do lesionado Conté.

Prometedor mas sem sequência

O dérbi entre Moreirense e Vitória até se iniciou de forma prometedora, muito tático, mas, ao mesmo tempo, aguerrido e com intensidade para ser cativante. A organização do Moreirense, uma equipa compacta a retirar os espaços ao adversário, condicionando o jogo de um Vitória mais acutilante.

Com um quarto de hora cumprido, não permitindo grandes lances de perigo ao adversário, mesmo tendo menos bola, o Moreirense adiantou-se no marcador mostrando outra faceta: letalidade quando era capaz de roubar o esférico ao adversário em zona de finalização. Foi isso que Pires fez. Ganhou o ressalto a Jorge Fernandes num lance que não aparentava perigo e esgueirou-se pela esquerda para a área, rematando depois de forma exímia, não dando chances a Bruno Varela, mesmo de ângulo apertado.

Seguiu-se a melhor fase do Vitória, empatando em apenas cinco minutos e rondando a baliza do Moreirense de forma ameaçadora, ainda que mesmo criar perigo, perspetivando-se um segundo golo. Edwards fez o empate de cabeça numa boa jogada de envolvência atacante do Vitória, a corresponder a um cruzamento teleguiado de André André.

Esse segundo golo não apareceu e a segunda metade do primeiro tempo acabou por ser sensaborona, sem rasgos de genialidade ou lances dignos de registo. O joga ia dando mais Vitória, mas o Moreirense chegava para manter a sua baliza longe de perigo.

Dois golos em três minutos destoam da escuridão

Mantiveram-se as cautelas na segunda metade, com as duas equipas a calcular o risco, sem se exporem ao adversário. Tais cautelas tiverem repercussões na criatividade de parte a parte, escasseando lances de perigo.

Após o marasmo seguiu-se novo pequeno período eletrizante com dois golos em apenas três minutos, desta vez com ordem invertida. Com alguma naturalidade, dado chamar a sai a iniciativa de jogo, o Vitória operou a cambalhota no marcador com um grande golo de André André, a traçar um trabalho sublime no interior da área.

Mas a vantagem durou apenas três minutos. O Moreirense igualou de imediato por intermédio de Alex Soares. Yan trabalho na direita, serviu Filipe Soares que rematou para defesa de Bruno Varela, sendo que na recarga o outro irmão, Alex Soares, estabeleceu o empate final.  

Os golos destoaram da escuridão de ideias no segundo tempo. No primeiro jogo de 2021 o Vitória não conseguiu retomar os triunfos, empatando num embate em que dominou mas teve dificuldades no último terço do terreno.

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