Sp. Braga-V. Guimarães, 3-2 (crónica) - TVI

Sp. Braga-V. Guimarães, 3-2 (crónica)

Virou Braga para quebrar jejum

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Marco eu, viras tu. E depois viro eu, no vira do dérbi do Minho.

Cinco golos. Duas reviravoltas. O segundo golo mais rápido da Liga. A primeira parte com mais golos após a retoma. Uma obra de arte de Trincão para um dos melhores golos da época.

Tivesse o histórico dérbi minhoto adeptos nas bancadas…

Quem viu no estádio, em casa ou no café, fica com poucas dúvidas: vai ficar entre os melhores jogos da I Liga após a retoma. Sobretudo pelos 45 minutos iniciais.

A abrir, nem deu para respirar. Bastaram 55 segundos. Começou na defesa, ao primeiro toque, a partir de Sequeira. O lateral-esquerdo lançou Galeno, que ganhou na velocidade a Victor Garcia e cruzou para Paulinho bater Douglas.

Pior início para o V. Guimarães era difícil: podia ter agravado quando Ricardo Horta (8m) quase aproveitou uma saída de Douglas - após Ola John ter dado primeiro aviso pelo empate - mas o chapéu foi ao lado.

Era um início (mais do que) prometedor.

Melhor ficou quando André André empatou ao quarto de hora, de penálti, após ter sido travado por André Horta na área. O nº15 não teve um jogo bom. Daria lugar a Palhinha ao intervalo: a dinâmica do Sp. Braga, a meio-campo, caíra com o tempo (iam valendo rasgos de Galeno e Trincão).

Prova disso foi o espaço que o Vitória teve, com crescente consistência por André André e Lucas Evangelista na ligação ao ataque. O brasileiro já tinha dado um aviso (18m), seguido do compatriota Davidson (19m), mas foi outro brasileiro a assinar a reviravolta que, à altura, não surpreendia: André André ganhou no ar perante Fransérgio, Bruno Duarte recolheu, tocou em Ola John e correu para a área, onde surgiu a desviar o cruzamento do holandês. O primeiro vira no marcador dançava-se ao minuto 35.

Só não foi confirmado ao intervalo porque Trincão colou Douglas ao relvado, com um remate indefensável. De primeira, a parecer fácil. À atenção em Camp Nou: o minuto 42 dava 2-2 ao intervalo.

Mesmo com as, à priori, surpreendentes ausências de João Carlos Teixeira e Edwards, o V. Guimarães esteve firme pelo coletivo. Do outro lado, o individual igualava.

Na segunda parte, o ritmo abrandou, com sinal mais do Vitória a abrir. Goleou nos cantos (10-0!) e, a partir de um, Venâncio quase fez o 2-3.

Mas ainda havia novo vira no marcador.

Ola John, que pouco merecia pelo belo jogo, perdeu a bola junto à linha lateral para Sequeira, a meio-campo. Dali arrancou Galeno até ao remate colocado para a reviravolta arsenalista (65m). Decisiva.

O V. Guimarães ficou sempre mais perto do empate, mas Matheus negou o 3-3 a Venâncio. Depois, valeu a malha lateral: gritou-se golo nos remates de Davidson e Rochinha, mas foi por fora das redes.

Na luta para quebrar o jejum de vitórias após a retoma, sai o Sp. Braga por cima, chega aos 50 pontos e fica à condição no terceiro lugar, à mercê do Sporting. O V. Guimarães sofre a primeira derrota desde o regresso, mas não vence há quatro jogos e atrasa-se pela Europa.

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