V. Guimarães-Desp. Aves, 5-1 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Desp. Aves, 5-1 (crónica)

Aprender a vencer com goleada

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Sorrisos rasgados no D. Afonso Henriques. O Vitória aprendeu a vencer na Liga na receção ao Desp. Aves (5-1), livrando-se do fantasma dos empates no campeonato. Naquele que até nem foi o jogo mais exuberante da turma de Ivo Vieira, o encontro com os triunfos fez-se com números expressivos.

O Vitória aprendeu, então, a vencer com uma goleada perante um Aves em reconstrução, mas que continua muito permeável na defesa. É a equipa mais batida na Liga, agora com dezasseis golos encaixados em apenas cinco jogos.

A chave do triunfo da equipa de Ivo Vieira esteve na capacidade de marcar um segundo golo, algo que ainda não tinha acontecido nas competições internas. Foi tipo ketchup, saíram em catadupa mas ainda assim os vimaranenses não se livraram de um susto na primeira parte com o empate do Aves, vindo à memória um filme já visto.

Falsas promessas

O jogo começou com dados prometedores. Assumindo as despesas do jogo o Vitória entrou por cima, aproveitando também uma postura mais recatada do Aves, que iniciou o jogo com três defesas centrais.

Quase que com naturalidade a equipa da casa adiantou-se no marcador logo aos onze minutos na sequência de um lance bola parada. Livre de Evangelista, confusão na área avense e depois de vários ressaltos Mikel assiste André Pereira, que remata de primeira para o fundo das redes. Promessa de um bom jogo do Vitória.

Mas a vantagem durou pouco mais de cinco minutos. Num lance em que Douglas não fica bem na fotografia o Aves chegou ao empate por intermédio de Enzo Zidane. Canto de Mohammadi, Douglas falhou a interceção e Zidane encosta sem dificuldades. Reação também ela prometedora dos Avenses.

Golo que mexeu com o jogo. Galvanizou-se o Aves, voltaram a pairar os fantasmas no D. Afonso Henriques. Jogo aberto em perspetiva, mas a verdade é que não houve correspondência na qualidade jogo. A primeira metade foi fraca, com muitos erros de parte a parte e sem que nenhuma das equipas se superiorizasse de forma inequívoca, apesar da maior iniciativa do conjunto de Ivo Vieira.

Essa maior iniciativa valeu o segundo ao Vitória, algo inédito no campeonato. Uma vez mais de bola parada, em cima dom intervalo Tapsoba comprovou a apetência de central goleador e tranquilizou os quase quinze mil adeptos presentes no D. Afonso Henriques.

Segunda metade de sentido único

Foi completamente diferente a história na segunda metade. O Vitória apareceu mais convicto, impôs sentido único ao jogo e com tranquilidade fez mais trÊs golos. Rochinha fez o terceiro num lance em que Beunardeau também não fica isento de culpas. Quando se esperava o cruzamento, após uma iniciativa individual, Rochinha atirou de forma pouco ortodoxa por entre o guarda-redes e o poste, desfazendo as dúvidas quanto ao desfecho do jogo.

Acabado de entrar, na primeira vez que tocou no esférico Pepê também marcou e desnivelou o marcador. Dúvida apenas quanto aos números do triunfo do Vitória, inequívoco perante um Aves que até demonstra argumentos ofensivos, mas cuja performance defensiva deixa muito a desejar. As dúvidas desfizeram-se nos descontos com o quinto, também saído do banco, da autoria de Guedes.

Triunfo moralizador do V. Guimarães antes da estreia na fase de grupos da Liga Europa. Na quinta-feira os pupilos de Ivo Vieira jogam na Bélgica frente ao Standard de Liége.

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