V. Guimarães-FC Porto, 2-3 (crónica) - TVI

V. Guimarães-FC Porto, 2-3 (crónica)

Dragão passa no Berço com dupla cambalhota

O último jogo de 2020 da Liga levou espetáculo ao D. Afonso Henriques no embate entre Vitória e FC Porto. Os azuis e brancos estiveram por duas vezes em desvantagem, mas deram a cambalhota no marcador nos derradeiros minutos do encontro (2-3). Luís Díaz entrou ainda na primeira parte para mexer com o jogo portista e dar os três pontos a um FC Porto reativo.

Entrando em campo sabendo de antemão que os adversários já tinham feito a sua parte, o FC Porto parece ter acusado a pressão e, apesar de estar por cima no jogo, foi uma equipa algo desconexa, sem espírito para abalar a organização defensiva contrária e, por vezes, vulnerável para o contragolpe. Valeram dois golos de Taremi e Luís Díaz para resolver.

Com duas baixas em relação ao jogo com o Benfica, da Supertaça, Sérgio Conceição fez duas mexidas forçadas na equipa. Diogo Leite rendeu o lesionado Mbemba e Romário Baró jogou no lugar do castigado Otávio. Na equipa da casa João Henriques não fez mexidas comparativamente com a goleada nos Açores.

Os problemas de Sérgio Conceição não se ficaram por aqui, uma vez que Pepe teve de ser substituído à passagem da meia hora, sendo que Sarr fez dupla de centrais com Diogo Leite.

Taremi anula Rochinha

Procurando então regressar ao pódio, cedo o FC Porto impôs sentido único ao jogo. Mas, mesmo jogando na expetativa, também o Vitória mostrou cedo que estava disposto a lutar pelos três pontos marcando logo ao minuto sete com uma grande dose de felicidade à mistura.

Uribe fica mal na fotografia duas vezes ao entregar mal e ao deixar-se depois bater no meio, Rochinha aproveitou para ir a carreira de tiro disparar, contando com um desvio de Diogo Leite para trair Marchesín e adiantar a equipa da casa no marcador.

Excetuando um lance de bola parada o Vitória não mais se viu, pertencendo exclusivamente aos azuis e brancos a iniciativa ofensiva. Ao domínio inequívoco juntava-se, de forma avulsa, um remate capaz de causar maior frisson junto da baliza de Bruno Varela.

Ainda no primeiro tempo Sérgio Conceição mexeu na equipa, para além da substituição forçada de Pepe, trocou Luís Díaz por Baró, instantes depois do médio que se estreou a titular na Liga, ter visto Hélder Malheiro perdoar-lhe o segundo amarelo. Conceição tirou-o de imediato.  

A três minutos do intervalo o FC Porto chegou ao empate num lance bem delineado, evitando ir para o descanso com um resultado negativo imerecido. Passe de Sérgio Oliveira para as costas da defesa, à procura da profundidade de Marega, com o maliano a servir de primeira Taremi para o remate certeiro de primeira do atacante.

Cambalhota decisiva

Se na primeira metade foi Conceição a ter de mexer no eixo da defesa, na segunda parte foi João Henriques a ter de emendar o seu último reduto. Jorge Fernandes teve de ser substituído devido a problemas físicos.

Manteve-se o figurino da primeira metade, saindo mais vezes em contra-ataque o Vitória, por força da maior ansiedade azul e branca. Óscar Estupiñan, o avançado repescado por João Henriques, voltou a colocar a equipa da casa na frente do marcador. Destaque para o trabalho de Quaresma no corredor, a cruzar com as medidas certas.

Na reação forte do FC Porto esteve a chave de o jogo. Durou apenas dois minutos a vantagem, Luís Díaz acelerou para a igualdade prontamente, servindo Taremi para o iraniano bisar na partida com novo remate pronto de primeira.

Na melhor fase do jogo, ocupando-se todo o comprimento do terreno, Díaz completou a diferença para a qual foi chamado a jogo. Trabalho na área a aproveitar um corte incompleto, rematando com qualidade. Um remate que vale três pontos.

Sétimo triunfo consecutivo do FC Porto, reocupando o terceiro lugar na tabela classificativa com um jogo difícil em Guimarães. O Vitória voltou a demonstrar ter competência, mas sucumbiu nos pormenores.

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